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Exportações baianas crescem graças a soja, algodão e frutas

As exportações baianas atingiram US$ 675,3 milhões em novembro


Seguindo uma tendência nacional, o agronegócio, que colabora com 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, impulsionou a alta nas exportações da Bahia em novembro, tendo alta de 34,4% em relação ao mesmo mês de 2016.

As exportações baianas atingiram US$ 675,3 milhões em novembro, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

O aumento das exportações em novembro foi puxado pelas vendas de produtos básicos, com alta de 114% em relação ao ano passado, de acordo com a SEI. O destaque maior vai para o comércio de soja, algodão, frutas e minerais.

A soja, que em 2017 teve a maior safra da história, com colheita de 2,5 milhões de toneladas de grãos, teve alta de 215,5% em relação a novembro de 2016.

Grãos em alta

Dados do Ministério da Agricultura apontam que de janeiro a outubro deste ano o complexo soja (grão, farelo e óleo) da Bahia exportou 3,6 milhões de toneladas a US$ 1,3 bilhão. Em 2016, as exportações do complexo soja foram de 2,4 milhões de toneladas.

“Isso se deve à demanda global de alimentos, cada vez maior, sobretudo do mercado asiático”, diz Luiz Stahlke,  assessor de agronegócios da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

Em 2018, os produtores do grão pretendem ampliar a área produtiva em cerca de 5% – passará dos atuais 1,580 milhão de hectares para 1,6 milhão. “E com isso, esperamos aumentar ainda mais a produção”, afirma Stahlke.

Na mesma região é plantado o algodão, outro forte influenciador do aumento das exportações em novembro: a alta da cultura foi 289,5% em relação a novembro de 2016.

Frutas do São Francisco

Outro destaque das exportações da Bahia no mês passado, as frutas tiveram aumento de 54,4% em relação a novembro de 2016, com faturamento de US$ 28,8 milhões.  Boa parte do setor exportador no Vale do São Francisco, que tem como cidades-polo Juazeiro (BA) Petrolina (PE). Os destaques são as exportações de manga e uva, colhidas durante todo o ano.

O aumento das exportações neste final de ano já era esperado, disse o gerente de Irrigação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Júlio César da Silva Santos.

“Os nossos concorrentes mundiais só produzem uma vez no ano, então os compradores internacionais nos procuram nas demais épocas, já que aqui temos colheita o ano todo”, explica Santos.

Até outubro deste ano, a Bahia exportou 67 mil toneladas de manga fresca a US$ 75 milhões, e enviou para fora do país mais de 7 mil toneladas de uva, comercializadas a mais de US$ 16 milhões.

Expectativa

A expectativa da SEI é que as exportações do estado fechem o ano em torno dos US$ 8 bilhões, com crescimento de 18% ante 2016. No acumulado até novembro, as exportações baianas alcançaram US$ 7,4 bilhões e crescimento de 18,1%, já superando em valor, todo o ano de 2016 quando atingiram US$ 6,8 bilhões.

Na avaliação da SEI, a melhora das vendas externas  é resultado da expansão mais forte da atividade global, o que resultou em um aumento das importações principalmente da China, EUA e União Europeia, principais mercados para as exportações baianas.

Houve ainda melhoria nos preços dos produtos internacionalmente, além da recuperação na produção agrícola, hoje responsável por 48% das exportações totais do estado.

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