CI

Pequenas iniciativas incentivam a avicultura e a suinocultura no Ceará

Recursos no montante de R$ 13,7 milhões se destinam a projetos de fomentos e assistência técnica aos beneficiados


Foto: Pixabay

Pequenas ações de incentivo a produtores rurais têm contribuído para o crescimento da avicultura e da suinocultura no Ceará. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), em 13 das 18 regiões administrativas do estado, o Projeto Dom Hélder Câmara, que têm por objetivo reduzir as desigualdades socioeconômicas entre os agricultores familiares.

A empresa assiste atualmente a 5.641 famílias rurais de baixa renda, utilizando recursos financeiros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e do Governo do Ceará. O recursos somam R$ 13,7 milhões e se destinam a projetos de fomentos e assistência técnica aos beneficiados.

Essas iniciativas têm sido exitosas, segundo a Ematerce, junto às 62 famílias de agricultores familiares assistidas pelo Projeto D. Hélder Câmara – PDHC – no município do Crato. Na região do Cariri cearense, os escritórios da Ematerce atendem a 798 famílias, beneficiárias do PDHC.

A família do agricultor José Gomes da Silva, 45 anos, mais conhecido por Duda, morador do sítio Santo Antônio, é uma das beneficiadas. Com a assistência técnica e extensão rural da Ematerce, o produtor vem aperfeiçoando os processos produtivos da avicultura. Os resultados já despertaram, na família, o interesse em crescer no negócio, no Sítio Santo Antônio, Distrito de Santa Fé. 

Duda possui 200 animais, comercializados para um supermercado da região, de onde obtém uma renda líquida de aproximadamente R$ 967. Com o investimento de R$ 2.400,00, a fundo perdido, financiado pelo Projeto Dom Hélder, o criador planeja dobrar o tamanho do galpão, hoje, com 5m x 8m, visando duplicar a produção de frangos.

“O projeto foi muito importante pra mim e minha família. Instalei o galpão, comprei medicamentos, ração e animais. Com algumas adaptações, a perda de pintos foi quase zero”, comemora ele, que já prepara a comercialização do terceiro lote de frangos. Hoje, Duda chega a vender o quilo do frango, abatido, por R$ 6,50. Agora, planeja adquirir uma forrageira para facilitar o preparo da alimentação dos frangos.

Suinocultura

Outro exemplo de Projeto D. Hélder Câmara é o da família do agricultor familiar José Marcos Correia dos Santos, 36 anos, residente no Sítio Faustino, Distrito Dom Quintino, também no Crato. Ele foi contemplado com o projeto de fomento e investiu em suinocultura. O crédito máximo, para fomento do PDHC, que é de R$ 2.400, a fundo perdido, foi usado na compra de ração, instalação do chiqueiro e dois animais da raça piau.

O agricultor, recentemente, vendeu quatro animais, com média de peso de abate de 70 quilos do primeiro lote, por R$ 10 o quilo. Outras vendas do produtor resultaram em um lucro total de R $4.000.

No sítio Cachoeira dos Gonçalves, de propriedade da família da agricultora familiar Poliana Gonçalves da Silva, o valor investido pelo projeto resultou na venda dos sete porcos criados e um rendimento de R$ 4.200.

Poliana disse que negocia os suínos nas redondezas da comunidade, vendendo o animal, abatido e tratado, e o animal vivo. Cobra o quilo da carne, tratada, a R$12,00, mas vai aumentar para R$14,00; e o animal vivo o quilo a R$ 7,00. A agricultora familiar relatou que fará um empréstimo, pelo Agroamigo, do BNB, para ampliar a pocilga e comprar uma forrageira. No momento, o plantel é de 11 porcos, sendo 6 adultos e 5 leitões.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.