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Grupo de Brasília promove a permacultura e a troca de sementes crioulas

Sementes crioulas do Coletivo Alcateia


A permacultura é um conceito de cuidado com a terra, com as pessoas e todo o ambiente ao seu redor. São projetos ambientais e agrícolas interligados com a agroecologia, economicamente viáveis e que atendem as necessidades básicas daqueles que usufruem da produção. É uma agricultura que respeita a terra, as pessoas e tudo o que envolve o meio ambiente. Em Brasília, alguns grupos tem promovido este conceito e tem popularizado os princípios da agroecologia dentro das comunidades urbanas e também a distribuição e troca de sementes crioulas. A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) apoia essas iniciativas e conta com diversas ações de preservação do meio ambiente.

O Coletivo Alcateia surgiu com o com o propósito de promover a permacultura, tecnologias sociais e a agroecologia. O grupo do Distrito Federal é formado por cerca de 70 jovens e adultos e os cuidados com o meio ambiente são destaque em todas as ações promovidas pelo coletivo. Um dos projetos do grupo é a Horta Comunitária de São Sebastião. No local, além do cultivo de alimentos orgânicos, muitos feitos com sementes crioulas, eles também possuem um espaço para compostagem e a troca de resíduos orgânicos.  “O fato de disponibilizarmos o alimento por meio da troca de resíduos orgânicos ou resíduos sólidos, gerando uma espécie de cotas, um crédito, funciona como uma espécie de banco comunitário”, explica o membro da Comissão de Projetos e de Manejo do Coletivo Alcateia, Igor Caribé.

Para mobilizar a sociedade, o Alcateia oferece apoio para os sistemas agroflorestais com a troca de sementes e a sistematização do manejo. Além disso, realiza seminários, feiras, oficinas, debates em torno da agricultura comunitária e urbana com a temática sobre produção orgânica. O grupo conta com apoio de programas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) promovidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).

A pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Maria Lídia Bueno Fernandes conheceu as sementes crioulas há dois anos, onde começou sua própria produção de milho. Maria participou de uma feira de troca de sementes crioulas realizada pelo Coletivo Alcateia em fevereiro e conta que seu desejo é preservar o meio ambiente “o meu espaço é rodeado de cerrado preservado. Eu não desmatei nada para produzir. Estou tentando fazer a minha produção entre a própria vegetação”.

Além do Programa Nacional de Sementes e Mudas para Agricultura Familiar (PNSMAF) a Sead coordena o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) que faz parta da  Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo). Desde 2012 o Planapo promove o desenvolvimento rural sustentável e a necessidade de se produzir alimentos saudáveis conservando os recursos naturais.

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