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CNA avança nos testes do Sistema de Rastreabilidade Animal

Rastrear o rebanho e reunir informações detalhadas como raça, sexo, comercialização e trânsito dos animais


Rastrear o rebanho e reunir informações detalhadas como raça, sexo, comercialização e trânsito dos animais. Estas são algumas das funcionalidades que o sistema de rastreabilidade da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai proporcionar ao pecuarista brasileiro.

A iniciativa é uma parceria da CNA com a Embrapa Gado de Corte e os testes na ferramenta estão sendo realizados na Escola Superior do Agronegócio Internacional (ESAI), na região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF).

Nesta terça-feira (17), técnicos do Instituto CNA testaram o aplicativo desenvolvido para a realização de vistorias em propriedades rurais, em 223 cabeças de gado da fazenda Sanga Puitã, onde funciona a ESAI. O rebanho recebeu em janeiro deste ano um brinco e um botom contendo chip eletrônico com as informações dos animais.

“A CNA quer dar alternativas para os produtores fazerem a rastreabilidade do seu rebanho sem a necessidade de contratar uma certificadora. Ele poderá fazer todo o processo e ao final da implantação contratar o serviço de um vistoriador que irá até a propriedade fazer a checagem dos itens”, explicou o coordenador de Protocolos de Rastreabilidade da CNA, Paulo Costa. 

A coleta das informações é feita por meio de uma leitora de radiofrequência que identifica a numeração e mostra os dados dos animais vistoriados no aplicativo offline usado pelo vistoriador. Essas informações ficarão disponíveis aos produtores na Plataforma de Qualidade CNA, software integrado à Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Costa afirmou ainda que futuramente o sistema também poderá ser usado em outras cadeias como suínos, caprinos e ovinos. Ele esclarece que os dados irão facilitar o manejo do rebanho, porque o produtor poderá saber exatamente quando o animal entrou ou saiu da propriedade, assim como a ocorrência de nascimentos, mortes e abates. 

“A ferramenta vai abrir vantagem comercial para a carne brasileira e atender clientes mais exigentes como é o caso de alguns parceiros comerciais que possuem exigências específicas. Esses parceiros se dispõem ao pagamento diferenciado pelo valor da arroba quando o animal é rastreado. O sistema de rastreabilidade permitirá o atendimento de diferentes mercados por meio de protocolos específicos a serem gerenciados pela CNA.”

Depois da coleta do número de identificação dos animais, é a hora de fazer a checagem das informações na Plataforma de Qualidade CNA. Luis Barcelos, administrador da fazenda Sanga Puitã, aprovou a ferramenta. Antes da implantação do sistema, ele fazia o controle dos animais em uma planilha de Excel. 

“Melhorou muito o manejo, a aplicação do vermífugo e agregou valor nas vendas da fazenda, porque os frigoríficos pagam mais pelo animal rastreado.”

Futuramente, os vistoriadores que farão a checagem dos dados e informações serão capacitados pelo Sistema CNA. Para continuidade dos testes do sistema, está prevista a realização de uma segunda vistoria em 90 dias na fazenda Sanga Puitã. A intenção da CNA é que a ferramenta esteja disponível para o produtor rural no início de 2019. 
 

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