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Projeto contempla ações de sustentabilidade na produção de pimentas-de-cheiro

Entre os fatores limitantes da produção, destaca-se a dificuldade de o produtor encontrar sementes comerciais


Foto: Cláudia Ribeiro

Ano que inicia e novos projetos começam a tomar corpo na área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), a exemplo do trabalho, já em andamento, que contempla as pimentas-de-cheiro, um grupo varietal da espécie Capsicum chinense que detém excelentes cotações de mercado na Ceasa-DF: “Caracterização e identificação de pimenta-de-cheiro visando à produção agrícola sustentável e competitiva no Distrito Federal” é o título do projeto em questão, coordenado pela analista Sabrina Carvalho.

Aprovado pela FAP-DF ao final de 2019, o projeto que tem como foco as pimentas-de-cheiro teve como origem uma demanda específica da Emater-DF, que apresentou à Embrapa Hortaliças as dificuldades dos produtores da região para obterem sementes desse tipo varietal de pimenta. “Entre os fatores limitantes da produção, destaca-se a dificuldade de o produtor encontrar sementes comerciais para utilizar no próximo plantio e, em razão da pouca oferta no mercado, os produtores terminam por produzir o próprio material, que pode carrear doenças, o que representa um fator restritivo ao cultivo”, anota Sabrina, para quem “mesmo as cultivares encontradas no comércio não apresentam resistência às doenças que afetam a cultura”.

Nesse contexto, ela destaca a importância da pimenta-de-cheiro, uma das mais apreciadas pelos consumidores da região Centro-Oeste por produzir fruto com aroma acentuado e sabor suave bem característico. Sem deixar de lado a sua relevância econômica: “Em 2017, a produção de pimenta de 98 pequenos produtores assistidos pela Emater-DF atingiu 1.013 toneladas e gerou um valor bruto de produção em torno de R$ 4 milhões”, contabiliza.

Materiais resistentes

Com relação aos trabalhos que vêm sendo empreendidos com a pimenta-de-cheiro, Sabrina explica que, nesse caso, o objetivo não se refere ao desenvolvimento de novas cultivares de pimenta, mas à caracterização morfo-agronômica das variedades cultivadas pelos produtores e também das cultivares comerciais, além da identificação de materiais que se destacam com resistência em campo, principalmente a viroses, e com características de frutos superiores.

Em resumo, segundo a analista, trata-se de um processo agropecuário que envolve a identificação das principais doenças detectadas nas cultivares de pimenta-de-cheiro atualmente cultivadas na região para as recomendações de medidas específicas de controle.

“Vamos produzir material com informações sobre o assunto, e que inclui o manejo adequado para produção e extração de sementes”, sublinha. “É uma produção de grande importância econômica, mas com pouca informação, os trabalhos e os conhecimentos gerados normalmente são dispersos, então acredito que, no cômputo geral, a sistematização dos resultados previstos ao final do projeto vai contribuir para reforçar esse segmento produtivo”.

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