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Brasil tem primeira cachaça com sobras de cacau

Foram muitos estudos, pesquisas e experimentos de destilação até chegar ao rótulo


Foto: Pixabay

A ideia veio de um empresário capixaba. André Scampini, até então profissional de TI,  sempre foi apaixonado por bebidas destiladas e viu na produção de cacau do sogro uma oportunidade de fabricar as bebidas. Ele mora no município de Linhares (ES), local que responde por 85% da produção do fruto no Estado.

Do cacau apenas a amêndoa é aproveitada para fazer o chocolate e o restante ia fora. Foi aí que surgiu a ideia de fabricar aguardente com as sobras do cacau. Foram muitos estudos, pesquisas e experimentos de destilação até chegar ao rótulo. Com o nome Cacahuatl (“suco amargo” em Asteca), a bebida já teve amostras enviadas para os EUA, Portugal, Bélgica, Suíça, e participou como convidada de três feiras na Alemanha. 

Atualmente a produção é terceirizada por um alambique do município e a partir deste mês de novembro está disponível no mercado, inclusive no exterior de onde já tem pedidos de importação. A bebida tem 40% de teor alcóolico e custará em média R$190.

Também veio para atender uma demanda dos cacauicultores da região que tinham demanda por um aproveitamento maior do fruto e agregar valor ao produto. “A parte do fruto que antes era dispensada, hoje é vendida pelo trabalhador rural e seus familiares para ser utilizada como matéria prima da aguardente, gerando um ganho na economia local e na sustentabilidade, devido ao melhor aproveitamento do fruto e um menor desperdício. No final, ganham o meio-ambiente e a economia de Linhares”, destaca Scampini.
 

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