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ES: sucessão de avó para neta em propriedade rural de leite

produtora rural faz parte do Programa de ATeG do Senar-ES e aumentou sua produção leiteira em 400%


Foto: Divulgação

Desde muito pequena Roberta Depes acompanha os passos da avó Sylvia Soares na propriedade rural que possuem em Pacotuba, Cachoeiro de Itapemirim (ES). Através da matriarca da família, Roberta se apaixonou pela Fazenda São João da Matta, que na época produzia cana de açúcar. Depois de cursar contabilidade, em Vitória, ela decidiu voltar à propriedade para iniciar a produção leiteira.

Para trabalhar com o leite, Roberta viu a necessidade de buscar conhecimento em cursos em Minas Gerais e através das capacitações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar-ES).

“Mesmo não tendo conhecimento técnico, queria entender a pecuária de leite, por isso fiz vários cursos, desde a montagem de cerca até cuidados para cuidar de doenças e formas de evitá-las. Comprei mais cabeças de gado e ajustei a propriedade para recebê-los. Fiz curral, cerca, piquete, plantio de capim e outras melhorias”, conta Roberta.

Desde novembro de 2019 a produtora rural faz parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-ES e aumentou sua produção leiteira em 400%.

“O gado da Roberta produzia 2.000 litros de leite por mês e hoje já são 8.000 litros, em 2 anos de ATeG. Toda sua família está envolvida na produção e trabalham com muita dedicação para conseguir esse resultado. Ela alterou o sistema de criação para o Compost Barn e, com isso, conseguiu melhorar a sanidade dos animais, dar a eles mais conforto térmico e aumentar a produção”, explica a técnica agrícola do Senar-ES, Gerlane de Almeida da Silva.

Roberta relata que, por meio do Programa ATeG, ganhou mais informação inclusive sobre a gestão de sua propriedade rural. “Adquiri muito conhecimento tanto no cuidado dos animais, quanto na administração da propriedade. Hoje vejo que minha produção tem potencial de crescimento. Antes eu tinha uma grande mortalidade de bezerros, mas agora, com a assistência técnica, esse problema diminuiu muito”, falou.

Roberta e sua avó Sylvia fazem parte do crescente número de mulheres que assumem a gestão de propriedades rurais no Espírito Santo. “As mulheres estão ocupando cada vez mais espaço no agronegócio em geral. Além de impulsionar a renda familiar, seu trabalho melhora sua autoestima e faz dela exemplo e incentivo para outras mulheres”, disse a coordenadora de Promoção Social do Senar-ES, Tereza Zaggo.

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