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Antecipação do vazio sanitário da soja é tema de reunião na Faeg

Uma das estratégias está na discussão do vazio que hoje em Goiás é de 90 dias e também na mudança do calendário de plantio


Mais uma vez foi colocada em discussão a possibilidade de antecipar o início da semeadura de soja em Goiás, alterando o período do vazio sanitário vigente (1º/07 a 30/09). A reunião entre produtores e diretores da Aprosoja-GO, Agopa (produtores de algodão) e Faeg aconteceu na última sexta-feira (05/07), em Goiânia.

Recentemente, Minas Gerais antecipou o fim do vazio sanitário da soja para 15 de setembro, como já ocorre em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Assim, a porção Centro-Sul de Goiás, que é responsável pelo maior volume estadual da oleaginosa e faz limite com esses Estados, ficou isolada pela legislação vigente que só permite plantar soja a partir de 1º de outubro.

Dentre as razões destacadas neste posicionamento, a Embrapa Soja informou que o vazio sanitário estabelecido para Goiás foi “exaustivamente discutido e planejado desde a sua implantação”, que ocorreu no ano de 2004. E que isso levou em conta o comportamento epidemiológico do fungo Phakopsorapachyrhizi, causador da ferrugem-asiática.

Também justificou que o vazio sanitário é uma das medidas mais eficientes de controle da doença e que a frequência de mutações aumenta a resistência do fungo aos principais fungicidas disponíveis no mercado. “Hoje os melhores fungicidas do mercado controlam em torno de 82% da doença. A pressão de seleção vai causar perda de eficiência dos fungicidas”, ressaltou a pesquisadora Mônica Zavaglia, que atua no Núcleo Regional da Embrapa Soja em Santo Antônio de Goiás.

Presente na reunião, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, lembrou que é necessário avaliar se uma possível antecipação da janela de semeadura pode aumentar os custos de produção. “Dependendo da pressão de inóculos, o produtor vai ter que fazer uma aplicação a mais de fungicida.

Mais uma vez foi colocada em discussão a possibilidade de antecipar o início da semeadura de soja em Goiás, alterando o período do vazio sanitário vigente (1º/07 a 30/09). A reunião entre produtores e diretores da Aprosoja-GO, Agopa (produtores de algodão) e Faeg aconteceu na última sexta-feira (05/07), em Goiânia.

Recentemente, Minas Gerais antecipou o fim do vazio sanitário da soja para 15 de setembro, como já ocorre em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Assim, a porção Centro-Sul de Goiás, que é responsável pelo maior volume estadual da oleaginosa e faz limite com esses Estados, ficou isolada pela legislação vigente que só permite plantar soja a partir de 1º de outubro.

Dentre as razões destacadas neste posicionamento, a Embrapa Soja informou que o vazio sanitário estabelecido para Goiás foi “exaustivamente discutido e planejado desde a sua implantação”, que ocorreu no ano de 2004. E que isso levou em conta o comportamento epidemiológico do fungo Phakopsorapachyrhizi, causador da ferrugem-asiática.

Também justificou que o vazio sanitário é uma das medidas mais eficientes de controle da doença e que a frequência de mutações aumenta a resistência do fungo aos principais fungicidas disponíveis no mercado. “Hoje os melhores fungicidas do mercado controlam em torno de 82% da doença. A pressão de seleção vai causar perda de eficiência dos fungicidas”, ressaltou a pesquisadora Mônica Zavaglia, que atua no Núcleo Regional da Embrapa Soja em Santo Antônio de Goiás.

Presente na reunião, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, lembrou que é necessário avaliar se uma possível antecipação da janela de semeadura pode aumentar os custos de produção. “Dependendo da pressão de inóculos, o produtor vai ter que fazer uma aplicação a mais de fungicida para segurar a ferrugem”.

Chuvas em setembro

Em seu posicionamento contrário às alterações no vazio sanitário, a Embrapa Soja ainda justificou dizendo que as principais regiões produtoras de soja em Goiás não recebem chuva em condições adequadas no mês de setembro para a semeadura nas áreas de sequeiro.

Mesmo assim, alguns produtores defenderam a possibilidade de plantar mais cedo nos anos em que chover volumes suficientes em setembro. “Ano passado estava com tudo pronto na fazenda para começar a semeadura, havia umidade no solo, mas eu tive que esperar 10 dias porque ainda não estava na data de plantar”, exemplificou o 1º vice-presidente da Aprosoja-GO, Joel Ragagnin, produtor em Jataí, no Sudoeste goiano. E numa situação como essa, citaram alguns dos participantes, não é difícil encontrar que acabam plantando na ilegalidade mesmo.

Os produtores que defendem a antecipação da semeadura de soja também apresentaram razões econômicas para isso. Por exemplo, a perspectiva de melhorar os resultados produtivos da cultura subsequente, como o algodão. “A formação da fibra do algodão é muito suscetível ao frio; então, se plantarmos um pouco mais cedo após retirar a soja do campo podemos obter uma boa diferença em volume de produção”, explicou o presidente da Agopa, Carlos Alberto Moresco.

Ajuste fino

Diante das discussões, o presidente da Aprosoja-GO e da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Faeg, Adriano Barzotto, ponderou que a decisão sobre alterar o vazio sanitário da soja e, portanto, a janela de semeadura em Goiás, deve ser objeto de um “fino ajuste”. “Precisamos ter comprometimento com a agricultura do Estado, evitando uma maior pressão da ferrugem asiática da soja. Mas também podemos buscar atender de forma geral às particularidades encontradas em Goiás, que é um Estado de transição climática”, afirmou.

Assim, como encaminhamento da reunião foi definido que será apresentada nova solicitação de parecer técnico à Embrapa, visando avaliação da antecipação do plantio em 05 dias, para o dia 25 de setembro. Em conjunto, a proposta é conduzir experimentos sob a coordenação dos pesquisadores da própria Embrapa, visando avaliar quais os impactos dessa possível mudança sobre a incidência de ferrugem asiática em Goiás.

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