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Novo híbrido de melancia chega ao mercado

Variedade apresenta alta produtividade e durabilidade na prateleira


Foto: Eliza Maliszewski

Os frutos são grandes: de 17 kg podendo chegar a mais de 20 kg por fruta. A Melancia 21, lançamento da Basf, chega comercialmente no Brasil trazendo a característica de menos sementes. Os testes iniciais começaram em 2013 na estação experimental da marca em Uberlândia (MG), onde foram trabalhadas linhagens diferentes para melhorias na cultivar até chegar ao ideal em 2014. A partir daí foram realizados testes com 500 mil sementes nas áreas chamadas de “hot spots”, regiões onde há maior concentração de produção de melancia como os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e Bahia. No último ano de teste (2018) foi atingida a marca de 600 mil sementes cultivadas por produtores. Os resultados mostraram uma produção média de 65 toneladas por hectare.

O especialista em melancia, Diego Lemos, aponta que o principal diferencial da melancia é a facilidade no manejo e a capacidade de colocar flores masculinas e femininas auxiliando no maior pegamento de frutos. “Tendo essa situação de enchimento de frutos mesmo em períodos chuvosos,  a gente garante mais produtividade. Hoje o que o produtor precisa são plantas por hectare, frutos por planta e peso de plantas. Tendo a certeza de frutos pesados no futuro isso representa rentabilidade”, ressalta.

A Melancia 21 não necessita de manejo especial como fertirrigação ou adubação na época da florada. É uma planta compacta e mais arejada facilitando a aplicação de inseticidas e fungicidas para o controle de pragas e doenças e tem uniformidade ao fim do ciclo. “Se você tem frutos uniformes, que vão ser colhidos de forma mais rápida facilita também, ao produtor, nesse momento. Ela garante maior tempo de prateleira sem estragar o que também é um benefício ao consumidor”, destaca Lemos. 

Características nas fases da cultura

Semente: é grande e tem rápida germinação e emergência 
Fase Inicial: apresenta arranque inicial vigoroso, com rápido crescimento e maior número de plantas por hectare. 
Florescimento: alta disponibilidade de flores masculinas e femininas, com facilidade na polinização sem necessitar, por exemplo como no caso da Pingo Doce, que haja abelhas em volume na lavoura e o consórcio com outras variedades para cruzamento de pólen.
Pegamento: uniformidade nos frutos, sem necessidade de água ou fertilizantes
Frutos: enchimento padronizado e planta arejada com facilidade para o manejo.
Colheita: maior quantidade de frutos, com tamanho padrão, sementes pequenas. 
Pós- colheita: firmeza e resistência da polpa, melhor transportabilidade, durabilidade e tempo de prateleira.
Produtividade 18/19: em todos estados analisados a produção ficou, em média,  5% maior - Bahia (65 ton/ha), Goiás (56,8 ton/ha), Rio Grande do Sul (55 ton/ha) e São Paulo (63,7 ton/ha).
 

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