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Embrapa participa de publicação da FAO sobre aquicultura sustentável na África

Publicação também propõe um conjunto de ações estratégicas



Foto: Divulgação

A pesquisadora Fernanda Sampaio, da Embrapa Meio Ambiente, é uma das editoras do novo relatório técnico da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sobre o setor aquícola na África. O documento, intitulado “An overview on local alternative ingredients, aquafeed supply and feeding management in selected African countries”, traz uma análise detalhada dos principais desafios e soluções para a produção de rações e o manejo alimentar na aquicultura praticada em nove países africanos.

Sampaio explica que o relatório é fruto de um workshop internacional realizado pela FAO em 2023, no Egito, que reuniu especialistas e representantes de governos, universidades, agências de desenvolvimento, setor privado e comunidades produtoras de países como Camarões, Egito, Gana, Quênia, Malawi, Nigéria, Uganda, Tanzânia e Zâmbia.

Com base em questionários prévios e nos debates realizados durante o evento, o material apresenta diagnósticos nacionais e uma síntese regional sobre gargalos comuns à aquicultura alimentada no continente africano. Entre os principais obstáculos estão o acesso limitado a ingredientes alternativos para ração, práticas inadequadas de preparo e armazenamento de alimentos, deficiência no monitoramento da alimentação nas fazendas, baixa qualificação técnica dos produtores e fragilidade nos marcos regulatórios.

“A publicação também propõe um conjunto de ações estratégicas para fortalecer o setor, como a estabilização do fornecimento e dos custos de ingredientes, capacitações para produtores e fabricantes de ração, melhoria da gestão alimentar e da qualidade da água nas propriedades, ampliação do acesso a crédito e infraestrutura de armazenagem, além do incentivo à cooperação entre os diversos atores da cadeia”, destaca a pesquisadora.

A contribuição da Embrapa reforça o papel da pesquisa agropecuária brasileira no cenário internacional e destaca a importância da cooperação científica para o avanço da aquicultura sustentável em regiões que enfrentam desafios estruturais e climáticos.

 

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