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Produtores de Goiás querem impulsionar cadeias de feijão e pulses

“Em diversos momentos, o produtor se depara com situações em que tem de comercializar sua produção abaixo do preço de custo"


A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou ultima semana o I Encontro de Produtores e Exportadores de Feijão e Pulses para impulsionar o desenvolvimento destas cadeias produtivas com foco no comércio exterior. A reunião aconteceu na sede CNA, em Brasília,

Pulses são leguminosas secas como grão-de-bico, ervilha e lentilhas e as variedades de feijão. China, Índia, Emirados Árabes, Turquia e Egito são os países que mais importam esses alimentos e o Brasil tem potencial para aumentar sua produção, tendo em vista que ainda é importador de lentilhas e grão-de-bico.

O objetivo do encontro foi levantar as demandas dos produtores rurais e conhecer a experiência dos exportadores para elaboração de uma agenda positiva para o setor, conforme explicou o vice-presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Ariolli.

Participaram do evento produtores de feijão e pulses de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Bahia e Goiás, além de representantes de sindicatos de produtores rurais.

O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, apresentou a atuação da Confederação por meio das Comissões Nacionais e das câmaras setoriais do Ministério da Agricultura e outros fóruns para defender os interesses dos produtores rurais e promover o desenvolvimento da agropecuária brasileira.

“Criamos a oportunidade para melhorar a situação econômica e alavancar a produção de feijão e pulses. A intenção é que possamos repetir esses encontros com agendas específicas para podemos elevar a competitividade desses produtores rurais”, pontuou.

O panorama do mercado internacional e as potencialidades de exportação destes produtos foram apresentados pela superintendente de Relações Internacionais da CNA, Ligia Dutra.

“Além do feijão, o Brasil tem potencial produtivo de outras variedades de pulses que são bastante apreciadas em outros países, mas para conquistar outros mercados é importante identificar as oportunidades e produzir em maior escala para venda”, destacou Lígia.

Para o produtor de feijão em Unaí (MG), Carlos Eduardo Vilas Boas, a iniciativa da CNA em reunir representantes do setor produtivo, da comercialização e pesquisadores foi bastante esclarecedora, tendo em vista que ele tem a intenção de plantar novas variedades de feijão já em fevereiro de 2020 com foco no mercado internacional.

“Em diversos momentos, o produtor se depara com situações em que tem de comercializar sua produção abaixo do preço de custo. Então, o mercado externo serve como um balizador para diminuir a oscilação do mercado interno. Além disso, temos a possibilidade de produzir variedades de feijão diferentes daquelas consumidas pelos brasileiros”, observou.

Para Iuri Bruns, sócio da Samba Internacional, empresa exportadora de feijão e pulses, a demanda por esses alimentos brasileiros sofre oscilação. “É importante mostrar no mercado externo que existe uma produção consistente desses produtos para atender a demanda internacional, principalmente de países que são bons pagadores. Aliado a isso, é importante elaborar estratégia de trabalho e dominar tecnologias de produção”, declarou.

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentaram aos participantes do encontro as novas tecnologias de cultivares para produção de feijão e pulses.

Durante o evento, a CNA anunciou que está elaborando uma tabela de classificação de feijão e pulses em parceria com a Embrapa. O material deve ser apresentado ao Ministério da Agricultura ainda neste ano.

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