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Faeg orienta sobre doença que ataca plantas cítricas

Normativa inclui determinações que podem levar, inclusive, a apreensão e destruição de todo material contaminado


Em trabalho realizado por fiscais estaduais agropecuários da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), foi encontrado em amostras de caminhões carregados com laranjas do Estado de São Paulo, focos da doença que ataca plantas cítricas conhecida como Cancro Cítrico. Mediante os casos detectados e devido à gravidade do problema, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) orienta todos os citricultores de Goiás (laranja, limão, tangerinas e outros citros) que tomem os cuidados necessários para que a doença não se instale em seus pomares, além de divulgar a informação a todos os envolvidos na cadeia produtiva (produtores, comerciantes, trabalhadores, etc.), e em caso de dúvidas, procure uma  unidade de atendimento da Agrodefesa mais próxima ou entre em contato com a Gerência de Sanidade Vegetal (GESAV) e Gerência de Fiscalização Vegetal (GEFISV) pelos fones (62) 3201-3579 e 3201-3585. 

Considerando as recentes e repetidas interceptações de cargas de frutos de citros, especialmente a laranja oriunda de São Paulo contaminados com a bactéria do cancro cítrico, a Agrodefesa através de seus fiscais, tomarão as medidas necessárias para que nosso Estado continue sendo área livre da doença em  cumprimento à Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)  nº 21, de 25 de abril de 2018, recentemente publicada em substituição à IN n.º 37/2016, que traz algumas mudanças nos critérios e procedimentos para o estabelecimento e manutenção do status fitossanitário relativo ao cancro cítrico. 

A normativa inclui determinações que podem levar, inclusive, a apreensão e destruição de todo material contaminado. A atenção também se deve às Notas Fiscais e a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) na aquisição de citros de outros estados, especialmente de São Paulo. Foram encontrados documentos falsos e que podem comprometer o comprador, inclusive criminalmente. Recomenda-se, em caso de compra de produtos cítricos de outros estados, verificar a autenticidade de tais documentos.

A Faeg reitera a necessidade do cuidado absoluto na entrada dos pomares, como pessoas não autorizadas, veículos, máquinas, ferramentas e etc., para que a bactéria não se instale e venha comprometer e até provocar a perda completa das plantas. Recomenda-se ainda a instalação de rodolúvios para se mitigar, ao máximo, a entrada do patógeno da doença através dos veículos que entram na propriedade. A Federação lembra ainda que essa nova Instrução Normativa (IN) regulamenta o controle da doença mais aplicável e próxima à realidade enfrentada pelos citricultores goianos e de todo território nacional e valoriza a produção de frutos com qualidade, principalmente aqueles destinados ao mercado “in natura."

Cancro Cítrico

O Cancro Cítrico é causado pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri. Altamente contagiosa, é resistente e consegue sobreviver em diversos ambientes por vários meses. Em folhas, ramos e frutos com sintomas, a sobrevivência da bactéria pode durar muitos anos. A doença, de fácil dispersão é disseminada por veículos, implementos agrícolas, materiais de colheita, mudas, frutos, ramos, folhas e resíduos de frutos cítricos. Manifesta-se com o aparecimento de pequenas lesões salientes que surgem nos dois lados das folhas. Aparecem na cor amarela e depois se tornam marrons. A infestação de uma área exige a erradicação das plantas doentes e como não existe tratamento eficaz, todo material contaminado pelo cancro cítrico deve ser eliminado.

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