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AgTech Garage anuncia startups selecionadas no programa Intensive Connection

Programa teve 209 startups inscritas e doze selecionadas na América Latina


Foto: Pixabay

O hub de inovação AgTech Garage, de Piracicaba (SP), acaba de anunciar as doze startups selecionadas na terceira edição do Intensive Connection, programa de potencialização promovido em parceria com grandes empresas do agronegócio. Da seletiva deste ano participaram: a brasileira de papel e celulose Suzano, o banco cooperativo Sicredi, a marroquina de fertilizantes OCP, a francesa de saúde animal Ceva, a trading americana Bunge e a multinacional alemã Bayer.

José Tomé, CEO do AgTech Garage, conta que o número de inscrições para o Intensive Connection mais do que dobrou na edição deste ano em relação à do ano anterior, chegando a 209 startups inscritas. A seletiva foi aberta, pela primeira vez, a ag&food techs de toda a América Latina e 20% das inscrições vieram de fora do Brasil. “Sem dúvida, o Intensive Connection se consolida como um dos principais programas de potencialização de startups no agronegócio mundial, tanto pelo alto nível dos parceiros, líderes em seus segmentos, como dos empreendedores selecionados”, afirma Tomé. 

Com uma comunidade de mais de 750 startups e mais de 2 mil profissionais do agronegócio conectados — incluindo executivos, investidores, produtores rurais e membros da academia — o hub protagoniza com seus parceiros uma nova dinâmica da inovação no setor. “Coordenar o Intensive Connection é uma responsabilidade que nos orgulha e vai ao encontro do nosso propósito, de alimentar os empreendedores que irão alimentar o mundo”, diz Tomé.

“As startups finalistas tinham soluções bem sólidas, equipes maduras e com conhecimento da dor que buscam resolver. Lançamos o desafio para soluções de fora da porteira e recebemos inscrições amplas, de startups desde agrícolas até da área de crédito e indústria. O nosso primeiro objetivo, de ter contato com toda a cadeia, foi atingido e vemos grande potencial de construir junto com as selecionadas novas soluções”, diz Rogério Vasconcelos, Gerente Sênior de Inovação e Novos Projetos da Bunge. 

Fernanda Viscione, Gerente de Marketing e Trade para Grandes Animais da Ceva, afirma que a disputa entre as seis finalistas por duas vagas foi acirrada. “As propostas foram de alto nível, foi surpreendente. Usamos como critério para escolha a cobertura de mais de uma unidade de negócios da Ceva, o caráter inovador da solução, o fato de a startup atender à nossa estratégia e de nós podermos contribuir para seu crescimento. Nossa expectativa agora com o programa é poder extrair o melhor das startups e da Ceva para entregarmos um excelente projeto”, diz Fernanda.

Nesta edição do programa, a Suzano buscava tecnologias para reduzir o custo e aumentar a eficiência operacional da restauração florestal. A empresa selecionou as startups Amtech, que monitora e contabiliza os recursos humanos e materiais envolvidos na operação florestal a campo, e a Plantem, que por meio de uma plataforma digital fornece dados de serviços ecossistêmicos em tempo real, usando sensores conectados a árvores e estações meteorológicas.

O Sicredi, pautado desta vez em soluções para o produtor planejar melhor sua safra, fazer a gestão financeira da propriedade e o controle do manejo de pragas e doenças nas lavouras, escolheu trabalhar com a Lucro Rural e Connect Farm. A Lucro Rural oferece soluções de gerenciamento da fazenda, sobretudo no âmbito financeiro, tributário e de compras e vendas da propriedade, visando aumentar a lucratividade do negócio. Enquanto a Connect Farm trabalha com a integração de dados agronômicos com o objetivo de aumentar a rentabilidade da produção no campo, otimizando o uso de recursos e direcionando esforços para o aumento da produtividade.

Já o tema da OCP foi o da democratização do acesso aos fertilizantes pelo agricultor e de soluções para otimizar as estratégias de adubação. Com esse olhar, a empresa selecionou a agtech Sensix, de inteligência em monitoramento agrícola por meio do processamento de imagens coletadas por drones. E também a Krilltech, produtora de nano bioestimulantes vegetais e nano fertilizantes orgânicos que atuam na aceleração do metabolismo das plantas e no incremento da qualidade nutricional dos alimentos.

A Ceva, que buscava novos serviços para fidelização de clientes, voltados ao bem-estar animal, ambiente e manejo, deu o primeiro passo para se aproximar da E-ctare, plataforma financeira de antecipação de recebíveis e marketplace integrado de insumos e venda da produção, e da Pecsmart, startup de gestão pecuária, que fornece o acesso a métricas zootécnicas, biometria e gerenciamento de dados por uma plataforma digital.

No caso da Bunge, cujo foco eram soluções de fora da porteira, o programa terá sequência com AgTrace e Manfing. A AgTrace é uma plataforma de rastreabilidade e segurança alimentar, que digitaliza as informações da cadeia produtiva e facilita a visualização e acompanhamento de processos. Enquanto a Manfing tem uma plataforma de análise de dados de vendas com uma série de aplicações, entre elas reativar clientes inativos, vender mais para os ativos e dar maior previsibilidade a essas operações.

Para a Bayer, a jornada segue ao lado da Já entendi e My Farm Agro, que atenderão à demanda da empresa pela capacitação de agricultores para o uso de novas tecnologias. Nesta frente, a Já entendi oferece uma plataforma de capacitação e treinamento de profissionais com baixa escolaridade e adota conteúdos criados com uma metodologia própria para acelerar a aprendizagem. A My Farm Agro, por sua vez, oferece uma plataforma de conhecimento para os profissionais do campo desenvolverem competências nas áreas de agronomia, vendas e empreendedorismo

O programa Intensive Connection é equity free, isto é, não requer participação acionária nas startups e tem duração de seis meses. No período que vai de maio a outubro de 2021, as startups terão acesso a mentorias, networking, eventos, conexões e todo o apoio do AgTech Garage e dos parceiros corporativos para aperfeiçoarem suas soluções e ganharem escalabilidade. A proximidade entre as companhias e as ag&food techs pode resultar ainda em provas de conceito de produtos (POCs), negócios, co-desenvolvimento de novas soluções tecnológicas e até mesmo investimentos, tudo para impulsionar a sustentabilidade e competitividade do agronegócio.


 

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