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Matopiba vai semear safra histórica

Com as janelas de plantio cada vez mais curtas o produtor não pode perder tempo


Foto: Marcel Oliveira

As chuvas devem ser mais regulares em outubro e a chegada da La Niña favorece a safra na região no Matopiba, fronteira agrícola localizada entre os estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Com a melhora no clima produtores se preparam para semear uma safra histórica de milho e soja.

O bom desempenho do agronegócio, a forte demanda chinesa, câmbio favorável e preços da soja em um bom patamar mostram que o produtor poderá investir mais na qualidade dos insumos como sementes de alto padrão, mais fertilizantes e melhores cuidados na condução dos cultivos. 

Segundo a Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do Matopiba (Aprosem) os cuidados redobrados associados com o clima podem refletir na “na melhor safra da história”, conforme projeta o presidente Idone Grolli. Ele ainda destaca que para que a safra de 2021 seja um sucesso, é preciso iniciar com semeaduras seguras, o que envolve fazer uso de sementes confiáveis quanto a qualidade e procedência, tomando alguns cuidados na etapa de colocação destas no solo. “O momento certo do plantio, com velocidade e umidade ideais, aliado a um monitoramento diário da operação, dará a certeza que a largada foi bem feita”, completa.

Cuidados refletem resultados

Com as janelas de plantio cada vez mais curtas o produtor deve ter tudo arrumado para não perder tempo. Isso exige um planejamento na aquisição de insumos e revisar as máquinas. “Na região do Matopiba, pelo nível de profissionalização dos sojicultores, a grande maioria já concluiu as etapas citadas, estando aptos a colocarem as sementes no solo”, destaca o diretor executivo da Aprosem, Ivanir Maia.

O produtor deve estar atento às altas temperaturas que podem gerar problemas com as sementes. Por isso a entidade recomenda cuidados no transporte até a propriedade ou no armazenamento até o dia do plantio. Oscilações na temperatura e umidade podem comprometer a qualidade.

A Aprosem também alerta quem está com limitações operacionais e iniciará a semeadura no pó. A exposição a baixa umidade e alta temperatura, mesmo que por poucos dias resulta na morte de muitas sementes antes de sua germinação. “Saber o que está na mão é outra grande estratégia para quem não quer errar na implantação da lavoura. O simples teste de germinação em canteiro ajuda na resposta. Todavia é importante que o teste seja feito na realidade do campo onde será semeada, com os cuidados de não regar no mesmo dia do plantio e proteger de animais, bem como fazer o teste para cada lote disponível”, explica Maia.

Na Bahia o plantio da soja teve autorização para ser antecipado e pode ser feito a partir desta quinta-feira (1º). No Tocantins a janela também abre em 1º de outubro. No Piauí a largada pode ser dada em 15 de outubro e no Maranhão há duas datas.  Nas microrregiões de Alto Mearim, Grajaú, Balsas, Imperatriz e Porto Branco a semeadura pode ser feita a partir de 1º de outubro. Na microrregião de Baixada Maranhense, Chapadinha, Gurupi, Caxias, Codó, Coelho Neto, Itapecuru Mirim, Pindaré, Presidente Dutra, Rosário, Paço do Lumiar, Raposa, São José do Ribamar e São Luiz estão autorizados a semear a partir de 15 de novembro. 

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra passada a região semeou 4,3 milhões de hectares de soja e colheu um total de 15, 2 milhões de toneladas da oleaginosa. No milho foram semeados 1,7 milhões de hectares e colhidos cerca de 8 milhões de toneladas na região. 
 

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