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Embrapa capacita técnicos em manejo do arroz de terras altas

Capacitar técnicos que atuam na extensão rural e na assistência técnica aos produtores rurais na área de manejo da cultura do arroz


Capacitar técnicos que atuam na extensão rural e na assistência técnica aos produtores rurais na área de manejo da cultura do arroz de terras altas no Maranhão. Esse é o objetivo dos treinamentos que estão sendo realizados de 9 a 15 de abril em municípios do Maranhão. Nesse período, estão em realização dois cursos: um no município de Igarapé do Meio, nos dias 10 a 12 de abril, e outro no município de Codó, nos dias 13 a 15 de abril. As palestras dos cursos são ministradas pelos Adriano Nascente, Mabio Lacerda, José Alexandre Barrigossi e Cristina de Filippi, todos da Embrapa Aroz e Feijão, e ainda pelo analista da Embrapa Cocais Carlos Santiago.

No primeiro dia do evento, (10/04), o curso foi aberto pelo secretário municipal de agricultura, Pedro Igor Frazao. O pesquisador e líder do projeto, Adriano Nascente, ministrou palestra para apresentar as ações previstas no âmbito da parceria com a Nova Zelândia para os técnicos de Igarapé do Meio e região. Em seguida, foi ministrada palestra sobre “Características do arroz no Brasil e no Mundo” pelo pesquisador Mabio Lacerda, e, depois, nova palestra por Nascente sobre “Fisiologia e ecofisiologia do arroz”, seguida pela da pesquisadora Cristina de Filippi sobre “Doenças da cultura do arroz”. Os trabalhos do dia foram encerrados pelo pesquisador Jose Alexandre, que falou sobre as “Pragas da cultura”. No segundo dia, (11/04) houve a realização das palestras “Manejo de plantas daninhas”, por Mabio Lacerda, “Manejo da adubação”, por Nascente, e “Transferência de tecnologia e cultivares de arroz”, por Carlos Santiago. Na quinta-feira, dia 12, os especialistas da Embrapa visitam a Unidade Demonstrativa de Arroz para realização de aula prática a técnicos participantes do curso e produtores convidados.

Essa ação faz parte do projeto Validação e divulgação de tecnologias sustentáveis para o desenvolvimento do arroz de terras altas em comunidades familiares no Maranhão, financiado pela Embaixada da Nova Zelândia, cujo objetivo é proporcionar aumento da produtividade de grãos e melhorar a qualidade do arroz produzido pelos agricultores familiares no estado por meio da divulgação e validação de tecnologias sustentáveis de cultivo.

Segundo o pesquisador Adriano Nascente, espera-se que a realização desse projeto em parceria com a Embaixada da Nova Zelândia contribua para o aumento da produção de alimentos nas comunidades rurais trabalhadas e da produtividade do arroz cultivado nas unidades demonstrativas, especialmente a partir da capacitação de técnicos para orientação dos produtores sobre o cultivo sustentável do arroz de terras altas no Maranhão, estimulando-os a utilizar tecnologias sustentáveis em suas propriedades. “O resultado é a melhoria da rentabilidade do produtor familiar e o desenvolvimento da agricultura sustentável do estado do Maranhão. Adicionalmente, será redigido documento técnico com o passo-a-passo para se implantar lavoura de arroz de terras altas a partir de técnicas sustentáveis de cultivo para incentivar a multiplicação das ações em outros municípios do Maranhão”, completa.

Histórico da parceria e novas ações - Graças aos bons resultados do projeto desenvolvido em Suriname sobre o arroz de terras altas, o governo de Nova Zelândia decidiu apoiar a nova ação no estado do Maranhão. De acordo com a técnica da embaixada da Nova Zelândia, Jaqueline Gil, a embaixada tem interesse em investir em boas ideias que tenham como foco a sustentabilidade e o desenvolvimento social. 

Arroz no Maranhão - O arroz no Maranhão é um produto de grande importância em vários aspectos, com destaque para a vertente econômica e social, devido ao importante papel que desempenha na segurança alimentar e geração de renda. O estado é formado por 217 municípios, dos quais, na safra 2015-16, 213 produziram arroz. Outra característica da orizicultura maranhense é que quase a totalidade do arroz produzido (98,8%) encontra-se em lavouras com menos de 50 ha, o que mostra a importância social da cultura para o estado.

Em 2016, a produtividade média do arroz foi de 1.356 kg/ha, muito inferior à média nacional que foi de 4.690 kg/ha. Essa baixa produtividade se deve principalmente ao baixo uso de tecnologias, como cultivares melhoradas, adubação, controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Isso mostra a oportunidade para a incorporação e adoção de tecnologias já disponíveis para a melhoria na produtividade e na qualidade do arroz produzido no Maranhão. Dessa forma, as ações desenvolvidas por esse projeto têm potencial para proporcionar incrementos significativos da produtividade de grãos do arroz na agricultura familiar maranhense.
 

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