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Projeto para Pagamentos por Serviços Ambientais vai compilar dados de 53 propriedades rurais

Iniciativa piloto é desenvolvida para testar forma de precificar áreas de cultivo de soja ambientalmente responsável


Foto: Divulgação

O PSA Soja Brasil, projeto piloto idealizado pela Aliança pela Floresta Tropical (TFA, na sua sigla em inglês) e desenvolvida em parceria com a Sumitomo Chemical, já começou a sua segunda fase: a análise dos dados coletados nas 53 propriedades selecionadas no sul do estado do Maranhão. Os dados foram coletados no início de 2021 a partir de imagens de satélite, do uso de drones e de amostras de solo e água das propriedades.

O objetivo do projeto piloto é testar uma metodologia de precificação em áreas de cultivo de soja. O projeto alinha-se a outras iniciativas similares como a Lei 14.119/21, sancionada em janeiro deste ano, que regulamenta o pagamento por serviços ambientais, uma forma de incentivo à conservação de áreas naturais e desenvolvimento sustentável. “O produtor brasileiro já é consciente do seu papel em relação à conservação e a partir de projetos como esse, ele vai passar a ser recompensado por isso. Cada vez mais, a agricultura e a sustentabilidade precisam andar juntas", explica Marcelo Habe, diretor de Marketing da Sumitomo Chemical no Brasil.

“O PSA Soja Brasil foi idealizado para apoiar o setor da sojicultura na redução de sua pegada de carbono e na melhoria de sua performance ambiental, com a valorização das áreas de floresta em pé a partir da venda de serviços ambientais”, comenta Eduardo Caldas, coordenador para o Brasil da TFA. “O foco do projeto é em como ele vai nos ajudar a formular recomendações de políticas públicas nas esferas jurisdicional e nacional. E sua meta principal é subsidiar a construção de uma PPP (Parceria Público-Privada) bastante sólida, efetiva para o todo o país”.    

Para o proprietário da Fazenda Temerante no município de Balsas no Maranhão, Paulo Kreeling, é cada vez mais necessário valorizar o agricultor que produz com responsabilidade social, econômica e ambiental. O produtor, que é gaúcho mas se mudou para a região Nordeste há 18 anos, foi um dos selecionados para participar do projeto piloto. “Ofereceremos um produto diferenciado, com valor agregado e comprometido com a conservação ambiental, acreditamos que o próximo passo é o reconhecimento do mercado para esse tipo de iniciativa”.

Marcelo Kappes, produtor de Alto Parnaíba, no Maranhão, explica que o custo de manutenção de áreas de preservação e de implantação de um sistema de produção sustentável é muito alto. “O agricultor paga sozinho, devolvendo muitos benefícios para o mundo e a sociedade. Trabalhar em parceria e receber por esses serviços, será um grande incentivo para que possamos continuar com esta grandiosa missão de produzir alimentos de forma sustentável” conta.

Assim que todos os dados forem analisados pelos laboratórios parceiros do projeto, os produtores receberão uma chave de acesso para que possam visualizar, em uma plataforma online, os dados das suas propriedades. O próximo passo é definir, com base nos dados, qual será o valor destinado a cada produtor.

“Para a Sumitomo Chemical, o tema sustentabilidade é de grande importância e esse compromisso faz parte da estratégia de negócio da empresa, por isso é firmado um compromisso com a agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirma Andrea Oliveira, diretora executiva da Sumitomo Chemical para a América Latina.

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