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Hortas Pedagógicas chegarão em 2019 em escolas de São Luís

MDS irão implantar etapa piloto do projeto “Hortas Pedagógicas” em duas escolas públicas municipais de São Luís-MA


A Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Social – MDS irão implantar etapa piloto do projeto “Hortas Pedagógicas” em duas escolas públicas municipais de São Luís-MA: a Unidade de Educação Básica – UEB Jackson Lago, na área urbana, e a UEB Augusto Mochel, na zona rural, selecionadas devido às suas ações no âmbito da sustentabilidade ambiental. Desenvolvido pela Embrapa Hortaliças, o Projeto Hortas Pedagógicas consiste em um conjunto de capacitações que alia práticas de produção de hortaliças (aspectos agronômico) às práticas didático-pedagógicas da escola envolvendo toda a comunidade escolar – diretores, coordenadores pedagógicos, professores, alunos, nutricionistas, merendeiras e familiares.  

A iniciativa faz parte da parceria entre MDS e Embrapa para implantar hortas pedagógicas no Maranhão (MA) e Piauí (PI), áreas com alto índice de vulnerabilidade social, visando contribuir com a segurança alimentar e nutricional. Na metodologia proposta, as hortas funcionam como sala de aula aberta e interdisciplinar, nas quais disciplinas básicas e temas transversais podem ser abordados, de forma prática, em todas as etapas do ensino fundamental e médio.

No estado do Maranhão, serão responsáveis pela execução do projeto a Embrapa Cocais, a Secretaria Municipal de Educação – Semed, por meio do Núcleo de Educação Ambiental – NEA, a Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento – Semapa e a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão – Agerp, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura Familiar – SAF, com apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação-FNDE, do Ministério da Educação, e outras secretarias municipais associadas. 

Projeto aproxima Ministério, Embrapa e prefeitura - Antecedendo a implantação das Hortas Pedagógicas, foi realizada, em novembro deste ano, na Embrapa Cocais (São Luís-MA), reunião técnica entre as equipes envolvidas com o projeto (gestores e coordenadores pedagógicos) para instalação do Comitê Gestor, elaboração participativa dos atores envolvidos do plano de trabalho e discussão da abordagem, que será utilizada nas atividades de capacitação previstas para 2019. Na ocasião, a chefe geral da Embrapa Cocais, Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin, falou da satisfação de desenvolver este projeto piloto em parceria com as Secretarias de São Luís. “Com o apoio dos pesquisadores e técnicos das instituições envolvidas, em respeito à realidade e à cultura locais, implantaremos essas duas hortas, que servirão como vitrines de tecnologias da Embrapa, locais para desenvolver na prática a aprendizagem e trocar experiências. O Maranhão, estado com baixo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH e alta vulnerabilidade social, possui grande necessidade de iniciativas como essa. Que seja o começo de uma série de hortas no Maranhão, uma semente a se multiplicar”. 

Para Elias Antonio Freire, diretor de Departamento de Mobilidade Social, Micro e Pequenos Negócios para a Segurança Alimentar do MDS, o projeto deverá melhorar a qualidade da alimentação dos alunos e suas famílias, com benefícios também para a comunidade local. “Queremos contribuir para a geração de crianças e adolescentes mais bem alimentados, conhecedores dos alimentos saudáveis e adequados para sua vida, por meio da aprendizagem pela experimentação. Os recursos para essa empreitada estão garantidos. A boa interação dos atores locais é imprescindível para o êxito do projeto e para que se expanda para mais escolas”.

O supervisor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cocais, Talmir Quinzeiro, acredita que o projeto é bem abrangente, pois engloba o acompanhamento técnico do início ao fim, o componente pedagógico e recursos materiais para execução. “É um presente e um desafio, que estamos recebendo e teremos compromisso e empenho para o sucesso esperado”.

Estiveram presentes por parte do MDS, além do diretor de Departamento de Mobilidade Social, Micro e Pequenos Negócios para a Segurança Alimentar, Elias Antonio Freire, a coordenadora-geral de Micro e Pequenos Negócios para a Inclusão Produtiva, Kelliane Fuscaldi. Pela Prefeitura de São Luís participaram o secretário municipal de Educação, Moacyr Feitosa, o secretário municipal de Agricultura, Pesca e Pecuária, Raimundo Nonato Silva Junior, e o secretário municipal de Planejamento, José Cursino. Pela Embrapa Hortaliça, a supervisora substituta da área de Transferência de Tecnologia, Margarida Gorga e o analista Francisco Herbeth dos Santos e representando a Presidência da Agência Estadual de Pesquisa e Extensão Rural, compareceu Alessandra Lima Araújo. 

Visita às escolas relaciona a realidade do ensino municipal e o potencial do projeto - Como parte da programação, foram visitadas as duas escolas públicas municipais de São Luís-MA (Unidades de Educação Básica – UEBs Jackson Lago, na área urbana, e Augusto Mochel, na zona rural em São Luís-MA) selecionadas para serem piloto do projeto no Maranhão. Margarida Gorga, da Embrapa Hortaliças, lembrou a importância do protagonismo das escolas no processo. “O que se quer é que as escolas abracem o projeto, que é delas, cuidem todo dia, com todo carinho e dedicação. Cultivar, esse é o segredo para os bons frutos que almejamos, com envolvimento da comunidade, algo tão necessário na realidade social em que estão inseridas”.

Sobre o projeto e sua execução no estado – Em 2019, serão realizadas capacitações dos profissionais envolvidos (técnicos, professores, merendeiras, nutricionistas que atendam a escola, diretor/a, coordenadores/as, auxiliares de serviços gerais, entre outros) e alunos e pais interessados (a comunidade escolar, como um todo) sobre as técnicas agrícolas para produção de alimentos (plantio, colheita, pós-colheita, armazenamento e conservação), assim como assuntos relacionados à educação ambiental, gestão de resíduos, compostagem, novas técnicas de preparo de alimentos dentro dos princípios higiênico-sanitários, nutrição equilibrada e saudável. Parte desses treinamentos teóricos serão realizados por meio de vídeo aulas e cartilhas, disponíveis também na plataforma virtual, coordenada pela Embrapa Hortaliças. Estão previstas ainda, ações de comunicação, para o envolvimento da comunidade local. O projeto terá duração até final de 2020, podendo ser prorrogado, se houver interesse entre as partes.

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