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Clima favorece a safra de grãos em Minas Gerais

Chuvas regulares oferecem boas condições ára as lavouras, mas também facilitam o surgimento de doenças e pragas


A regularização das chuvas está favorecendo o desenvolvimento da safra 2017/18 de grãos em Minas Gerais. De acordo com as informações do Climatempo, a tendência é que o clima se mantenha favorável para a produção de grãos no período. Neste ano, com o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, o grande desafio dos produtores será no controle às doenças, principalmente a ferrugem da soja. A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que o Estado colha 13,24 milhões de toneladas de grão na temporada, volume que, se alcançado, será 5,9% menor que o recorde atingido em 2016/17.

De acordo com o agrometeorologista da Climatempo, Marco Antonio dos Santos, após o atraso verificado na regularização das chuvas, o que adiou o plantio da primeira safra de grãos em algumas áreas do Estado, o desenvolvimento da safra mineira ocorre dentro do esperado.

“O plantio da primeira safra de grãos atrasou um pouco por conta da regularização tardia do regime de chuvas, mas, desde meados de dezembro, as chuvas bem regulares têm proporcionado excelentes condições ao desenvolvimento das lavouras. Até o momento, não foi registrada nenhuma anomalia que possa comprometer o desenvolvimento da soja e do milho primeira safra nas principais regiões produtoras do Estado”.

A tendência para os próximos dias é de pancadas de chuvas em diversas localidades. A estimativa é de que as precipitações sejam suficientes para manter uma condição mais propícia ao desenvolvimento das lavouras.

Se as chuvas regulares favorecem o desenvolvimento das culturas agrícolas, o aumento da umidade também cria um ambiente ideal para a proliferação de doenças e pragas e dificulta a aplicação dos tratos culturais. Por isso, na safra 201/18, um dos grandes desafios para os produtores será no controle e manejo das enfermidades.

Segundo o Climatempo, as chuvas intermitentes poderão causar transtornos aos produtores, tanto na realização dos tratos culturais, quanto na realização da colheita da soja e posterior plantio das lavouras de segunda safra. Além disso, o tempo mais úmido e com temperaturas mais amenas irão manter as condições bastante favoráveis ao desenvolvimento de doenças, bem como manter as taxas fotossintéticas mais baixas, podendo afetar na granação.

“Com relação à umidade do solo as condições são muito boas, mas, por outro lado, as mesmas condições estão extremantes favoráveis para proliferação de doenças. Até agora não tivemos notícias de comprometimento das lavouras, mas é uma preocupação grande por parte dos produtores. O produtor sabe que se não realizar as pulverizações corretas, ele terá problemas futuros. O maior risco é a ferrugem, principal doença que acomete a soja. Este ano, a preocupação não será a falta de chuvas e sim o controle das doenças nas lavouras”, explicou Santos.

Noroeste - O clima mais favorável para a safra de grãos tem animado os produtores. De acordo com o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), escritório local de Paracatu, no Noroeste de Minas, Idelmar Pereira da Silva, as chuvas estão regulares e ideais para o desenvolvimento da safra 2017/18 de grãos.

“Nossa região é grande produtora de soja, milho e feijão e, até o momento, as lavouras estão em perfeito estado. Os produtores estão satisfeitos e com boa expectativa de colher uma boa safra”, explicou.

Café - De acordo com o agrometeorologista da Climatempo, Marco Antonio dos Santos, além da safra de grãos, as chuvas estão mais frequentes nas áreas produtoras de café, principalmente no Sul de Minas Gerais.

“No Sul de Minas as chuvas estão abundantes e contribuindo para a safra de café. Assim como nas regiões produtoras de grãos, o cafeicultor deve ficar atento às pragas e doenças que podem ocorrer devido à maior umidade”, explicou Santos.

A regularização das chuvas nas áreas produtoras de café é considerada fundamental para a recuperação dos cafezais, que nos últimos anos sofreram com a escassez hídrica.

 

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