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Governo de Minas e UFVJM inauguram Núcleo de estudos da Metodologia ZAP

Espaço será utilizado para difusão, capacitação e aprimoramento da ferramenta


Foto: Arquivo

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) inauguraram nessa quinta-feira (21/1), em solenidade virtual, o Núcleo de Estudos e Projetos do Zoneamento Ambiental e Produtivo (NEPZAP) no campus da universidade em Diamantina.

A formação de núcleos da Metodologia ZAP nas instituições de ensino superior é uma estratégia da Secretaria de Agricultura com o objetivo de fomentar e orientar a formação de equipes multidisciplinares para aplicar, difundir e aprimorar a ferramenta, que vem usada no diagnóstico socioeconômico e ambiental das sub-bacias hidrográficas do estado.

Na UFVJM, a equipe multidisciplinar do NEPZAP é formada por seis pesquisadores e docentes, das áreas de Sistema de Informação Geográfica (QGIS), Recursos Hídricos e naturais, Uso e Ocupação do Solo e Unidades de Paisagem. Eles passaram por um treinamento com a equipe da Seapa para o uso da metodologia e o trabalho de campo foi realizado na sub-bacia hidrográfica do ribeirão Santana, no município de Felício dos Santos. A UFVJM é a segunda universidade federal de Minas a implantar o núcleo. O primeiro foi inaugurado, no ano passado, na Universidade Federal de Viçosa (UFV), no município de Rio Paranaíba.

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, disse que alguns desafios ainda precisam ser superados para que os produtores consigam cumprir a missão de alimentar os quase 8 bilhões de habitantes do mundo. “Temos uma demanda crescente pela oferta de alimentos no mundo, e o Brasil é um dos países que mais tem condições de aumentar sua produção. Mas para que isso ocorra, precisamos, urgentemente, intensificar as ações que trazem sustentabilidade aos processos produtivos”, afirmou.

E neste contexto, a secretária ressalta a importância da metodologia ZAP para o manejo das sub-bacias hidrográficas e também para a implantação de uma cultura mais conservacionista entre os produtores. “Conhecer os recursos hídricos disponíveis é o ponto de partida para a análise e identificação das potencialidades do solo. Conheci o ZAP em 2017 e além de todas as respostas esclarecedoras que o diagnóstico nos traz, uma das coisas que mais me encantou foi ver que ao longo do processo o produtor vai se conscientizando de seu protagonismo e de sua responsabilidade enquanto agente de transformação de sua comunidade. Fico muito feliz que a universidade tenha aceito o nosso convite e que seus estudantes possam sair de lá considerando o ZAP como uma ferramenta para o planejamento do trabalho que irão executar”, destacou Ana Valentini.

Segundo o vice-governador Paulo Brant, que encaminhou mensagem de vídeo aos participantes da solenidade virtual, as tensões naturais entre a questão ambiental e o setor produtivo devem ser resolvidas com diálogo e negociação e, principalmente, com a tecnologia. “É nesta dimensão da ciência que entra a Metodologia ZAP, que dispõe informações e análises adequadas para iluminar o diálogo e encontrar as melhores soluções. Ela é a ferramenta oficial do Governo de Minas para o gerenciamento do uso racional das sub-bacias hidrográficas do estado”.

Na avaliação do reitor da UFVJM, Janir Alves Soares, o trabalho em parceria com a Secretaria de Agricultura traz a esperança do olhar do Estado para as soluções da desigualdade social na região. “Nossa instituição é jovem, tem 16 anos, mas cumpre um papel social importante e muito nos preocupa o presente e o futuro desta região, a situação das bacias. Não podemos pensar que o Jequitinhonha e o Mucuri vão virar deserto, temos que criar condições de sustentabilidade. Para nós e para os 181 prefeitos da nossa área de abrangência, essa ferramenta é de grande utilidade e vem ao encontro dos propósitos dessa instituição”.

O vice-prefeito de Diamantina, Alexandre Magno, ressaltou a importância da metodologia para o desenvolvimento da região. “Além do núcleo histórico que as pessoas conhecem, Diamantina possui cerca 3,9 mil quilômetros quadrados com vocação para a agricultura e pecuária. Esse trabalho, em parceria com a universidade, vai possibilitar uma atuação mais eficiente para o desenvolvimento das comunidades, distribuição de renda e aproveitamento racional do solo e dos recursos hídricos, além de uma melhor aplicação dos recursos públicos”, afirma.

Estão previstas as implantações de novos núcleos da Metodologia ZAP na Universidade Federal de Viçosa, Campus de Viçosa, e no Instituto Federal do Sul de Minas, no município de Machado, onde as equipes estão sendo treinadas.

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