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Abertas inscrições para o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais de 2021

Prazo de inscrições da premiação termina no dia 10 de setembro


Foto: Pixabay

As inscrições para o 18º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais já estão abertas. Os produtores interessados devem preencher a ficha de inscrição e entregar as amostras concorrentes nos escritórios da Emater-MG até o dia 10 de setembro. A participação é gratuita e podem concorrer produtores dos municípios mineiros, com amostras de café arábica, tipo 2 para melhor, colhidas neste ano. A solenidade de encerramento da premiação será em dezembro. O regulamento do concurso está disponível no site www.emater.mg.gov.br.

O Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais é promovido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Emater-MG e Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe). Cada cafeicultor poderá participar do concurso em apenas uma das duas categorias: Natural e Cereja Descascado, Despolpado ou Desmucilado.

Na categoria Café Natural, o café recém-colhido é levado para secar. Já na categoria Café Cereja Descascado, Despolpado ou Desmucilado, após a lavagem, há uma separação dos frutos verdes e secos dos frutos maduros. Depois, eles passam por um descascador para só depois seguirem para secagem. No caso dos cafés despolpados e desmucilados, há ainda uma fase onde o produto passa por um tanque de fermentação.

A lavoura de origem da amostra deverá ser georreferenciada e ter a cultivar identificada. As amostras devem representar fielmente o lote. O coordenador técnico estadual de Cafeicultura da Emater-MG, Bernardino Cangussú, estima a inscrição de cerca de 1500 amostras.

“Apesar da bienalidade negativa do café e dos cuidados com a colheita devido à pandemia, os produtores mineiros estão muito comprometidos em fornecer cafés de qualidade para os compradores. E os cafeicultores que participam todos os anos continuam a entrar no concurso, que ainda sempre integra novos produtores”, argumenta Bernardino.

Seleção dos cafés

Os cafés concorrentes passarão por análises físicas e sensoriais feitas por uma comissão julgadora formada por, no mínimo, dez classificadores e degustadores de café. A produção dos cafés participantes também passará por uma avaliação socioambiental. A comissão julgadora fará a classificação das melhores amostras das duas categorias, em cada região cafeeira de Minas Gerais: Cerrado, Sul de Minas, Matas de Minas e Chapada de Minas. No encerramento, serão anunciados os três primeiros colocados de cada região produtora em cada categoria e o grande campeão estadual (a maior nota do concurso). Também será destacada a cafeicultura que obtiver a melhor pontuação entre os finalistas.

O coordenador da Emater-MG conta qual tem sido a fórmula dos campeões nos últimos anos. “Muitas vezes, um cafeicultor entra no concurso e não tem uma nota tão alta. Mas em outras edições, ele aprende com os erros do passado, vê o que pode ser feito para melhorar e passa a adequar sua propriedade. Normalmente, um cafeicultor entra no concurso e após um, dois ou três anos, ele vai aperfeiçoando os métodos, através da assistência técnica da Emater, principalmente, e daí consegue figurar entre os campeões”, explica Bernardino.

No ano passado, os produtores premiados no Concurso de Qualidade da Emater-MG negociaram seus cafés por valores bem acima da média de mercado. O diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, acredita que iniciativas como o Concurso de Qualidade dos Cafés, realizadas pelo Governo de Minas, por meio da empresa de extensão rural, tem estimulado o fortalecimento do agronegócio no estado.

“Hoje, 22,6% do PIB de Minas Gerais é referente ao agronegócio e uma diretriz do Governo é apoiar o setor, principalmente nesse momento pandemia. O agronegócio não parou e o alimento tem chegado à mesa dos consumidores do Brasil e de vários países, que importam nossos produtos. Em 2019, o segmento era responsável por R$ 115 bilhões no PIB mineiro e agora crescemos para R$150 bilhões. Isso é fruto de todas as iniciativas em prol do desenvolvimento rural do Estado e o nosso objetivo é continuar impactando a economia positivamente, promover o incremento de emprego e renda e gerar melhoria da qualidade de vida no campo”, salienta Otávio Maia.

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