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Produção em Minas deve crescer até 25,3%

Produtividade média do Estado foi estimada entre 28,15 sacas e 29,64 sacas de 60 quilos por hectare

A produção total de café em 2018, em Minas Gerais, foi estimada entre 29 milhões e 30,6 milhões de sacas de 60 quilos na safra 2018, aumento que deve ficar entre 19% e 25,3% quando comparado com a safra passada. O crescimento da produção se deve à bienalidade positiva da cultura e ao ingresso de áreas renovadas de café na safra, áreas que têm maior aporte tecnológico e, consequentemente, maior produtividade. O desafio para o período será no controle às pragas e doenças, como a broca do café, que em 2017 causou prejuízos significativos na cultura. Minas Gerais é responsável por 53,4% da safra nacional de café, que foi estimada em, no máximo, 58,51 milhões de sacas.

Conforme os dados do Primeiro Acompanhamento da Safra de Café 2018, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o clima, até o momento, tem sido favorável para o desenvolvimento da safra.

A produtividade média do Estado foi estimada entre 28,15 sacas e 29,64 sacas de 60 quilos por hectare, variação positiva de 12,9% no volume mínimo e de 18,9% no volume máximo. Na comparação com a safra anterior, a estimativa sinaliza um incremento de 5,4% na área de café em produção, saindo dos 980,7 mil hectares da safra colhida em 2017 para os atuais 1,03 milhão de hectares da safra 2018, incremento de 52,9 mil hectares na área em produção.

De acordo com o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Aroldo Antônio de Oliveira Neto, desde 2014 Minas Gerais vem enfrentando problemas climáticos, principalmente com a escassez hídrica, o que comprometeu os cafezais. Neste período, muitos cafeicultores optaram por renovar, esqueletar e investir no manejo das lavouras e os resultados começam a ser vistos na safra atual.

“Minas Gerais está com um processo muito forte de renovação dos cafezais, principalmente com o uso de novas tecnologias. Tudo isso é reflexo da crise vivenciada nos últimos anos, devido principalmente à falta de chuvas. A tecnologia foi se aperfeiçoando e agora reflete na produtividade. Na atual safra são novas áreas e novas tecnologias entrando em produção. Além disso, o produtor investiu no melhor manejo. Nós detectamos que houve uma boa florada e as condições fisiológicas das plantas estão boas. Por isso, é esperada uma produtividade satisfatória na atual safra”, explicou.

Ainda segundo Oliveira Neto, um dos desafios da atual safra será no controle de doenças e pragas. Apesar de não terem sido registradas infestações significativas, a presença de enfermidades é uma preocupação e o produtor deve reforçar o monitoramento e buscar combater os problemas de forma rápida e eficiente.

“No ano passado, o registro de pragas e doenças nas lavouras de café chamou atenção e, novamente, estão presentes em 2018. Nossa preocupação é a produtividade, que é afetada. Desta forma, o produtor precisa acompanhar e combater as doenças e pragas de forma efetiva para evitar perdas”.

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