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MG: valor bruto do agronegócio deve cair 2,23%

Previsão de queda no VBP da pecuária é influenciada, principalmente, pela retração nos resultados de bovinos


O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Minas Gerais, com base nos dados de junho, foi projetado em R$ 59,48 bilhões para 2019. O valor previsto está 2,23% inferior aos R$ 60,8 bilhões registrados no ano anterior.

A queda no resultado total é reflexo da retração verificada na pecuária, que tende a cair 4,17%, e na agricultura, com estimativa de redução de 1,11%. Dentre os produtos, o VBP do café diminuiu 25,9%. O produto é o principal do agronegócio estadual. Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Na projeção total do VBP estadual para 2019, a agricultura respondeu por 64,12% do valor e a pecuária, por 35,87%. A previsão é de um VBP de R$ 38,14 bilhões na agricultura, retração de 1,11% frente a 2018, quando o faturamento das lavouras atingiu R$ 38,57 bilhões.

Uma das influências negativas na composição do VBP da agricultura veio da previsão de queda da safra de café, produto que representa 28,52% do VBP das lavouras. Neste ano, a expectativa é colher 26,4 milhões de sacas de 60 quilos em Minas Gerais, volume que está 20,7% inferior ao registrado na safra passada.

Com projeção de safra menor, o VBP da produção total de café em 2019 foi estimado em R$ 10,88 bilhões, variação negativa de 25,9%. Somente no VBP do café arábica é esperado recuo de 26%, com a produção avaliada em R$ 10,79 bilhões. No café conilon, a queda prevista é de 1,8%, com faturamento estimado em R$ 92,9 milhões.

A soja, outro importante produto da agropecuária do Estado, também está com estimativa negativa para o VBP. No caso da oleaginosa, a tendência é encerrar o ano com retração de 15,12% e faturamento estimado em R$ 6 bilhões. O grão responde por 15,73% do VBP das lavouras.

O milho deve apresentar faturamento de R$ 3,8 bilhões, variação negativa de 4,89%. A participação do cereal na composição do VBP das lavouras é de 9,97%.

Alguns importantes produtos apresentaram variação positiva em junho. Na produção de cana-de-açúcar, por exemplo, o faturamento previsto para 2019 é de R$ 6,8 bilhões, o que, se alcançado, será 10,8% maior que os R$ 6,1 bilhões registrados no ano anterior. O produto responde por 17,9% do VBP da agricultura, sendo o segundo de maior peso na composição do índice e perdendo apenas para o café.

Com a produção crescente e a demanda no mercado aquecida, o VBP do algodão herbáceo deve subir 30,56% em 2019, com faturamento estimado em R$ 935 milhões. Outro produto que está com previsão positiva é a batata-inglesa, com estimativa de alta de 150% e VBP de R$ 3,19 bilhões.

Para o feijão, o cenário também é favorável. A expectativa é de que o faturamento da cultura encerre 2019 em R$ 2,14 bilhões, alta de 120%. No caso da banana, o incremento previsto é de 30,5% e VBP em R$ 1,7 bilhão. A cultura do tomate teve o VBP estimado em R$ 1,6 bilhão, aumento de 25%.

Pecuária – Assim como observado na agricultura, também é esperada retração no VBP da pecuária. A expectativa é alcançar um faturamento de R$ 21,3 bilhões, valor 4,17% inferior aos R$ 22,2 bilhões registrados em 2018.

Dentre os produtos da pecuária foram verificadas quedas nos resultados de bovinos e ovos. No caso de bovinos, que responde por 31,3% do VBP total da pecuária, a estimativa é de um faturamento de R$ 6,68 bilhões, 0,59% menor. Já em ovos, a previsão é de um resultado 4% menor, com VBP estimado em R$ 1 bilhão.

Outros produtos estão com estimativas positivas. O leite, que é responsável por 42,2% do VBP, deve encerrar o ano com um faturamento de 9 bilhões, variação positiva de 1,71%.

O VBP do frango, em 2019, deve alcançar R$ 4,5 bilhões, alta de 12,9%.

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