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Região metropolitana de BH é exemplo de agricultura urbana e periurbana no Brasil

Heloísa Libéria, de 57 anos, agricultora do grupo Serenidade


As dinâmicas relacionadas à produção de alimentos em centros urbanos são estratégias efetivas de fornecimento de alimentos e geração de empregos. Nessa direção, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) incentiva a atividade por meio de políticas públicas que fomentem a estruturação da cadeia produtiva nas cidades, trabalhando a comercialização e o consumo. A agricultura urbana e periurbana é um exemplo dessas práticas e está entre um dos eixos do Plano Safra 2017/2020, lançado pelo Governo Federal, no último dia 31 de maio.

Para o delegado Ronaldo Lima Rodrigues, da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário no estado de Minas Gerais (DFDA-MG), o fato da agricultura urbana e periurbana estar entre um dos eixos do Plano Safra incentiva ainda mais os agricultores familiares. “O novo Plano Safra foi além do crédito rural. Ele reafirma práticas que dão mais visibilidade aos agricultores. Isso possibilita a ocupação da mão de obra e a geração de renda para que as famílias produzam seus alimentos e ganhe mais com eles”, afirma o delegado.

Capitais verdes

Um exemplo de produção de alimentos em centros urbanos vem da região metropolitana de Belo Horizonte (MG). A capital mineira está entre as 10 capitais mais verdes da América Latina e Caribe, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO). A pesquisa, conduzida em 23 países com dados de 110 municípios, indicou um aumento da agricultura urbana e periurbana na região. Segundo o documento, um dos meios mais eficazes para promover a agricultura urbana na cidade foram as hortas escolares, que passaram de 60 para 126 entre 2008 e 2012. Leia mais sobre o relatório aqui.

Atualmente, a agricultura urbana e periurbana na região metropolitana de Belo Horizonte é realizada por meio do cultivo de hortaliças, frutas, frangos, ovos, plantas medicinais e plantas não convencionais, entre outros. Parte da produção é destinada para o autoconsumo e parte para comercialização. Além disso, a atividade possibilita a produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos.

O cultivo de hortaliças é dividido em hortas comunitárias, escolares e individuais. As comunitárias são coletivas, feitas por grupos de pessoas. Já as escolares, são cultivadas na rede pública para o uso de alunos e professores, e as individuais são aquelas realizadas nos quintais das casas. Todas contam com incentivo de políticas públicas e com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).

Hortas comunitárias

Do bairro Morada da Serra, em Sabará (MG), município da região metropolitana de Belo Horizonte, vem a experiência do grupo Serenidade, formado só por mulheres. A turma de mineiras está há sete anos desenvolvendo o projeto Horta Comunitária.

As mãos femininas desse grupo é o carro-chefe da horta. Heloísa Libéria, de 57 anos, não mede esforços para estar todos os dias cuidando de seus 15 canteiros. Ela e mais seis mulheres estão à frente desse projeto que mudou a vida de cada participante. “O espaço, que hoje usamos para nossa horta, era um lixão. Tivemos a ideia de aproveitar o local, e agora já temos mais de 30 espécies de hortaliças. A horta é nossa vida. Eu durmo pensando que no dia seguinte meus canteiros estão à espera dos meus cuidados”, conta com orgulho Heloísa.

Saiba mais sobre o Plano Safra 2017/2020 aqui.

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