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Selo da Agricultura Familiar chega a 1.500 permissionários

Um dos principais instrumentos de valorização e reconhecimento do trabalho dos agricultores familiares


Um dos principais instrumentos de valorização e reconhecimento do trabalho dos agricultores familiares, o Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf) ultrapassou as metas estipuladas para o ano de 2016. Até agora, já foram emitidos mais de 300 selos, número acima do registrado em todo o ano passado, quando foram emitidas 230 permissões. A marca é maior também que a quantidade emitida em 2012, até então ano de maior tiragem, com 269. 

Para fechar com chave de ouro, no próximo dia 6 de dezembro será comemorada a entrega do selo 1.500 – número de permissionários ativos desde 2009, ano de criação do programa –, em evento na sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), em Belo Horizonte.

"O selo fortalece os produtos no mercado de alimentos, cada dia mais globalizado e a categoria social, com o reconhecimento pela sociedade da sua capacidade de produção de alimentos vinculada a manutenção da natureza, dos costumes alimentares regionais e a absorção de mão de obra no campo. Essa marca de 1,5 mil selos ativos é um número comemorativo, pois com isso já beneficiamos mais 138 mil agricultores diretamente, com, ao todo, 17.495 produtos identificados com o selo no Brasil", explica Rodrigo Puccini Venturin, coordenador Geral de Diversidade Econômica, Apoio a Agroindústria e Apoio à Comercialização (CGDEA), da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).

Rodrigo lembra que o Brasil foi o primeiro a criar o selo de identificação e, a partir dele, outros países também o adotaram. "Estão tomando o nosso como modelo. Argentina e Chile, por exemplo. Isso começa a se fortalecer em todo o Cone-Sul e mostra a importância da agricultura familiar", pondera a coordenadora. 

Podem solicitar a permissão de uso do selo agricultores familiares que possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) atualizada. Os que não têm devem comprovar que mais de 50% dos gastos em matéria-prima do produto final são da agricultura familiar, no caso de produtos cuja composição seja de apenas uma ou mais matérias-primas.  

A agricultora Claudete Martins Paião, de 64 anos, está dentro das regras. Ela adquiriu a permissão no primeiro ano de funcionamento do programa, em 2009, e está ativa até hoje. Na lista dos produtos tem morango, gengibre, polpa de fruta, geleia de pimenta, todos com o selo da agricultura familiar. "Tudo mudou depois do selo. Tenho muito mais lucro. Tem gente que prioriza comprar de quem tem o selo e isso valoriza muito o nosso trabalho. Fico cheia de orgulho", conta a agricultora. Claudete seguiu os caminhos do pai e hoje tira toda a renda da agricultura familiar. 
Sobre o Sipaf 

A maior parte dos alimentos que compõem as refeições básicas dos brasileiros é oriunda agricultura familiar. O cafezinho de todo dia, o milho e o feijão são só alguns exemplos. A questão é que pouca gente sabe dessa origem. O Sipaf foi criado justamente para tornar essa participação mais visível para o consumidor. É uma alternativa voluntária e representa um sinal identificador de produtos. Um selo que afirma que aquele produto saiu do campo, devido ao trabalho de agricultores familiares.

No Distrito Federal, por exemplo, há 158 produtos registrados de origem da agricultura familiar: são geleias, biscoitos, frutas, queijos, flores do cerrado, artesanato de bambu, de cerâmica, de palha de milho, porta-joias, iogurte, sorvete, hortaliças, conservas, condimentos, entre outros. 

Leia mais sobre o Sipaf e saiba como obter o a permissão para usar o selo. 

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