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Em busca de ajuste, preços do suíno vivo recuam

Valores vinham subindo desde março e agora o mercado está se ajustando, afirma presidente da Acsurs


Os preços do suíno vivo tiveram queda, nos últimos dias, de acordo com as associações regionais. A retração atingiu praticamente todos os estados produtores. Em São Paulo, o valor pago pelo quilo do animal foi o que teve a maior baixa, passando de R$ 5,71 para R$ 5,33. Houve uma desvalorização de 6,65%, conforme a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).  De acordo com Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), os preços vinham subindo desde março e agora o mercado está se ajustando.

Ao longo do ano, os estados de Minas Gerais e Goiás – que acompanha a bolsa de suínos mineira – foram onde os preços do animal vivo chegaram ao maior patamar. Até o dia 5 de julho, último levantamento feito pela Suinocultura Industrial, o quilo do suíno era R$ 5,90. Agora, o preço médio retraiu para R$ 5,70. Ou seja, a baixa foi de 3,39%.

No Distrito Federal, o preço do animal vivo caiu de R$ 5,61 para R$ 5,46, de acordo com a Associação dos Suinocultores do Distrito Federal (DFSuin). Já no Mato Grosso, não houve alteração de valores nos últimos dias. Neste caso, o quilo do suíno permanece em R$ 4,42, aponta a Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat).

Nos principais estados produtores, o valor pago ao suíno vivo também sofreu queda nos últimos dias. A maior retração foi em Santa Catarina, onde o quilo chegou a R$ 4,88. Antes, o preço era R$ 5,05 por quilo, de acordo com a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS). Os dados do Paraná não foram divulgados.

Preços em ajuste

A oscilação de preços, seja para baixo ou para cima, é natural nesse momento, avalia Valdecir Folador. Isso porque, segundo ele, o mercado foi testando até onde os preços do suíno poderiam chegar em termos de alta. “Chegamos a alguns valores bem significativos e o mercado [as indústrias] não conseguiram sustentar”, ressalta o presidente da Acsurs, apontando que os preços agora tendem a se ajustar.

De acordo com Folador, desde março os suinocultores conseguiram ampliar suas vendas, sustentados principalmente pela maior demanda vinda da China. “As informações atualizadas sobre a Peste Suína Africana fora de controle na China fez com que tivéssemos uma reação do preço do quilo do suíno vivo não apenas no Rio Grande do Sul, mas no Brasil como um todo. A partir de então, as grandes indústrias, que pouco adquiriam suínos vivos de terceiros, começaram a fazer compras maiores”, relata.

Ainda que os preços apresentem pequenos recuos nesse período, para o presidente da Acsurs, o momento é positivo para a suinocultura brasileira. Na avaliação dele, o valor do suíno deve ficar em patamares rentáveis. Com isso, os produtores devem conseguir uma boa rentabilidade e, em um primeiro momento, conseguirão colocar seus caixas em dia, recuperando-se dos prejuízos ocorridos em 2018.

“Acredito que nos próximos dois ou três anos, quem sabe um pouco mais, a suinocultura brasileira vá ter boas condições de mercado, deixando margens positivas ao produtor”, ressalta.

 

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