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Campo Futuro levanta custos de produção de maçã e avicultura de postura

O Campo Futuro levantou os custos de produção da maçã, de avicultura de postura na segunda (21)


Foto: Marcel Oliveira

O Campo Futuro levantou, na segunda (21), os custos de produção da maçã, em Caxias do Sul (RS), e na terça (22), de avicultura de postura, em Itanhandu (MG). O projeto é desenvolvido pelo Sistema CNA, e conta com o apoio do Centro de Inteligência de Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) e da Labor Rural, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O projeto analisou, pela primeira vez, os custos de produção da maçã na região de Caxias do Sul, estabelecendo uma propriedade modal da região.

Segundo os produtores ouvidos, houve aumentos sucessivos no preço de insumos, porém, sem aumento direto no valor da comercialização. Os custos com a condução da lavoura, que incluem mão-de-obra, corretivos, fertilizantes, defensivos e tratos culturas, representaram 70% do Custo Operacional Efetivo (COE), enquanto os custos com colheita e pós-colheita ficaram em 11%.

“Com base nos dados levantados, a atividade tem sido rentável para o produtor. Mas vale ressaltar que esta é uma avaliação do cenário atual. O projeto acompanhará mensalmente a evolução dos preços de insumos e produtos na região para monitoramento do cenário econômico da atividade”, explicou Letícia Fonseca, assessora técnica da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA.

Letícia ressaltou que as condições climáticas favoráveis em 2020 resultaram em incremento de produção na safra 2020/2021, ano de alta produtividade. “O bom desempenho climático tem contribuído para o desempenho da produção de maçã na região, mas o cenário deve ser avaliado com cautela diante dos aumentos consecutivos de custo.”

AVICULTURA DE POSTURA – Em Itanhandu (MG), o painel contou com a participação de produtores e técnicos da região, além do conselheiro técnico-científico da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), Emílio Elias.

Rômulo Damascena, representante da Labor Rural que conduziu o levantamento, explicou que o impacto da ração nos custos de produção representou mais de 80% do custo total, devido à alta no preço dos grãos, como a soja e o milho. O projeto analisou um núcleo modal de 40 mil aves em fase de postura onde a caixa com 30 dúzia de ovos foi comercializada em média a R$ 125,00.

“Os produtores ressaltaram a preocupação com o cenário e afirmaram que devem tomar medidas para amenizar os impactos da alta dos grãos no custo para evitar que mais granjas encerrem as atividades, algo que vem acontecendo, já que a avicultura de postura é a principal atividade econômica e geradora de postos de trabalho da região.”

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