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Com Assistência Técnica e Gerencial, produtores cultivam uva no Cerrado

No meio do Cerrado também é possível cultivar a fruta


Foto: Marcel Oliveira

Quando se fala em produção de uva, a primeira imagem que vem a cabeça são os parreirais nas regiões Sul e Nordeste do país. Mas no meio do Cerrado também é possível cultivar a fruta. É o que acontece na Chácara Paraíso das Cucas, localizada na região do Lago Oeste, próxima a Brasília.

O trabalho na propriedade de Júlio Holz começou como uma homenagem às origens de sua família. “Eu iniciei a plantação há uns oito anos para lembrar a minha infância no Sul. No início, muitas pessoas disseram que aqui não era possível cultivar a uva, mas eu fui teimoso e plantei mesmo assim. E ao contrário do que diziam, aqui ainda é melhor que no Sul, pois são duas vezes ao ano”, disse o produtor rural.

Após a primeira parreira, ele decidiu aumentar a produção. Procurou o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) do Distrito Federal. “Eu sempre acompanhei o trabalho do Senar e resolvi buscar um complemento técnico para ter uma produção de qualidade, cachos mais bonitos e solo nutrido”, afirmou.

Holz possui 1 hectare em produção e hoje comercializa a fruta in natura, além de suco integral, geleia e vinho, todos elaborados a partir de cinco tipos de uvas. As vendas são feitas nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) e em um empório de produtores locais.

Com a Assistência Técnica e Gerencial do Senar (ATeG), a Chácara Paraíso das Cucas passou a receber o acompanhamento de um técnico de campo especializado em fruticultura. Logo no início, foi elaborado um diagnóstico da produção e as primeiras medidas foram adotadas para melhorar o cultivo.

O técnico de campo do Senar DF, Francisco Célio de Sousa, explicou que a primeira questão levantada e explicada ao produtor foi a deficiência nutricional da planta. “Não adiantava fazer nada antes de ter uma boa nutrição da planta. No atendimento, ressaltei a importância da análise do solo e Júlio acatou imediatamente”.

Por meio da análise do solo, foi possível corrigir com adubação a deficiência nutricional que afetou as plantas e fazer outras alterações no manejo, como controle de pragas, elaboração de enxerto das mudas e adoção de um sistema de irrigação, já que o clima no Cerrado possui características específicas, como longos períodos de estiagem.

Além do acompanhamento técnico, é necessário monitorar a parte gerencial da propriedade e o Caderno do Produtor ajuda a controlar receitas e despesas, as maiores dificuldades dos produtores rurais.

“O produtor precisa anotar todas as compras de insumos, hora com funcionários, hora com máquinas para ter controle do que está sendo gasto e se realmente é produtivo. No fim da ATeG nós comparamos todos esses dados”, afirmou o técnico de campo.

“A gente costuma a fazer as coisas aleatoriamente. Mas com o caderno é possível controlar as despesas e as economias”, destacou o produtor rural Julio Holz.

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