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ATeG Apicultura reforça consciência ambiental em Minas Gerais

Apicultura tem grande importância econômica e social e é uma das cadeias que mais tem crescido na região


Foto: Pixabay

O produtor Hamilton Antunes dos Santos, de 65 anos, trocou a pecuária de corte pela Apicultura e, com o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), transformou a sua propriedade em São João da Ponte. Mais do que aumentar o número de caixas com enxames, adaptar o antigo curral para atender a nova atividade e elevar a produção, ele desenvolveu ainda mais a consciência ambiental.

Morador da comunidade do Jambreiro, em uma área de bioma frágil, mas privilegiada com várias nascentes e veredas, Hamilton sabe que a Apicultura convive com a preservação da natureza. “Depois de muitos cursos e, agora, com o ATeG, descobri que, além do dinheiro que a gente consegue com o mel, as abelhas ajudam a cuidar do meio ambiente. Cada um tem que fazer a sua parte. Estou fazendo a minha e deu resultado!”

Em 2020, Hamilton chegou a 500 quilos de mel, o que não acontecia antes do ATeG, há quase dois anos. Quando começou na Apicultura, a experiência era pouca. Na época, eram quatro caixas e hoje, são mais de 30. Com recurso próprio, transformou o curral em depósito para materiais e equipamentos, está montando um espaço para processamento da cera bruta e construindo a sua própria casa do mel com recurso obtido da venda do produto e se sente seguro para avançar. “Ainda me considero novo no ramo, mas estou orgulhoso de ter crescido, visto resultado e de ajudar no orçamento de casa.”

“Não havia manejo técnico compatível com boa produtividade, mas, no decorrer do programa, Hamilton se sobressaiu na Apicultura. Mostrou que tem afinco para colocar em prática as orientações técnicas e de gestão. Depois de implantar mudanças no manejo e transformar a propriedade, hoje tem boa produtividade, sempre com o cuidado com o meio ambiente. Ver resultados com esse e que mudamos a vida das pessoas nos engrandece.” - Gláucio Gurgel Spínola, técnico de campo do ATeG.

Produção e Comercialização

O mel produzido por Hamilton é repassado para a Associação dos Apicultores e Meliponicultores de São João da Ponte (APAM), que o envia para a cooperativa, em Bocaiuva, onde é embalado e rotulado. No entreposto, sai com o SIF e retorna à associação. O que não é vendido volta para o produtor, que pode comercializar por conta própria.

Segundo o técnico de campo, a localização do apiário de Hamilton tem uma capacidade enorme de produção de pólen de buriti. Antes do término do ATeG, ainda haverá um trabalho de coleta e avaliação. “Acreditamos que a produção de pólen dentro da propriedade vai agregar valor ao mel”.

Desenvolvimento

A Apicultura é uma das quatro cadeias atendidas pela parceria do Sistema FAEMG/SENAR/INAES com o Sindicato de Produtores Rurais de São João da Ponte. Também há turmas de Bovinocultura de Leite e de Corte e Avicultura. Hamilton e outros 29 apicultores irão concluir o programa em julho deste ano. Os grupos são formados com o apoio da mobilizadora Sandra Gusmão.

“O ATeG despertou o empreendedorismo nas famílias e as capacitou para se tornarem empresas rurais no modelo de associativismo. Isso impactou de forma positiva, de modo a evitar o êxodo rural, dado o custo-benefício da Apicultura, além do apelo ambiental que há na atividade.” - Edilson Nobre, presidente do Sindicato

“A Apicultura tem grande importância econômica e social e é uma das cadeias que mais tem crescido na região, com a sinergia de todas as instituições envolvidas. Uma das grandes vantagens da atividade é a possibilidade de preservar e produzir, gerando emprego e renda no Norte de Minas. Por isso, não medimos esforços para promover treinamentos e o Programa ATeG.” – Dirceu Martins, gerente regional do Sistema FAEMG em Montes Claros.

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