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Pastagem: produtores antecipam manejos para safra de verão

Clima favorável impulsiona pastagens no RS



Foto: Canva

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (12), as condições climáticas recentes no Rio Grande do Sul favoreceram o rebrote das pastagens nativas e cultivadas, o que resultou em uma melhora na oferta forrageira e no escore corporal dos animais. Esse cenário positivo também possibilitou a realização de diversos manejos, como adubações, especialmente as nitrogenadas, e roçadas. Em áreas com um ajuste de carga adequado, o potencial das pastagens é promissor. Em sistemas integrados de produção agropecuária, os animais estão sendo retirados para o preparo do solo e a implantação das lavouras de verão. Algumas regiões, especialmente no Norte do Estado, já começaram a estabelecer as pastagens de verão.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, produtores que atuam em sistemas integrados estão planejando antecipar a retirada dos animais para colher sementes de azevém, uma tentativa de compensar a escassez na última colheita. Alguns lotes de animais já estão sendo retirados das pastagens para liberar as áreas para o plantio de lavouras de verão. Contudo, alguns contratos ainda permitem a exploração das pastagens até o final de setembro. A expectativa é de que as pastagens nativas apresentem melhorias nas próximas semanas, com a proximidade da primavera. No entanto, a alta lotação em muitas propriedades tem dificultado a recuperação completa dos campos. Na região de Caxias do Sul, os preparativos para as pastagens estivais estão em andamento em várias localidades. Os produtores de rebanhos leiteiros, por exemplo, estão focados na adubação do tifton. Nos Campos de Cima da Serra, foram relatadas queimadas nos campos nativos, e o preparo do solo para as pastagens de verão já começou. A aquisição de sementes também está em andamento. Graças ao clima seco e quente, o manejo dos animais foi favorecido.

Em Erechim, o ciclo das forragens hibernais está chegando ao fim, enquanto as estivais ainda não atingiram seu pleno vigor. Os produtores têm se esforçado para não atrasar a colheita das pastagens destinadas à produção de silagem, preocupados com o aumento do teor de fibras e a consequente redução da qualidade do alimento. Em Frederico Westphalen, as pastagens perenes estivais ainda não brotaram. Já em Ijuí, os produtores intensificaram a adubação das forragens perenes de verão para estimular as brotações e anteciparam o corte das forragens destinadas à silagem devido à baixa oferta de massa verde.

Na região de Passo Fundo, o pastoreio tem se concentrado nas áreas que serão implantadas com culturas de verão. Os produtores estão atentos aos ataques fúngicos em forragens destinadas à silagem. Em Pelotas, o manejo da lotação, a suplementação e a adubação são estratégias adotadas durante a fase de baixa oferta de forragem, causada pela finalização do ciclo das forrageiras hibernais e pela falta de brotação das de verão. Em Porto Alegre, embora as condições climáticas sejam favoráveis e tenham melhorado o desenvolvimento das pastagens nativas e cultivadas, ainda há uma escassez de oferta forrageira. Já em Santa Rosa, a expectativa é de que, nos próximos dias, o pastejo possa ocorrer em pastagens perenes estivais.

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