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Conheça os cafés especiais produzidos com técnica de fermentação

Os 50 melhores lotes foram premiados


Foto: Pixabay

Um novo tipo de café especial surgiu no Brasil através de uma parceria entre a Nucoffee, plataforma de café da Syngenta e o Núcleo de Estudos em Fermentação (Nefer) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Por meio do Programa Nucoffee Artisans foram 600 lotes produzidos na primeira fase e que seguirão para os mercados nacional e internacional.

Os cafés são obtidos por uma inovadora técnica de fermentação controlada. Depois de muita pesquisa a professora Rosane Schwan, que coordena os estudos, identificou leveduras naturais do fruto, capazes de intensificar seu aroma, sabor e qualidade, elevando significativamente sua pontuação.

"Os resultados vão variar de acordo com as condições de cada origem, porém observamos uma consistente repetição dos perfis sensoriais, ano após ano, em cada fazenda. Isso facilita desenvolver relações comerciais duradouras e, assim, impulsionar ainda mais o comércio internacional do café especial brasileiro", destacou Juan Gimenes, Gerente de Inovações Nucoffee.

Os 50 melhores lotes foram premiados durante a Semana Internacional do Café. Para ser especial uma café deve atingir pelo menos 80 pontos na escala de avaliação que vai de 0 a 100, segundo a Specialty Coffee Association (SCA). Os dez primeiros colocados atingiram notas acima de 86.8 pontos.

Participaram 320 fazendas. Entre elas a fazenda do Palmital, localizada na região da Mantiqueira de Minas. Os produtores Lauro Siqueira e Maria Helena conquistaram o 1º, 2º e 9º lugares. Os lotes especiais atingiram aroma frutado de pêssego maduro com a fermentação controlada. "Este projeto é o futuro do café. Com certeza iremos aumentar a produção desta nova técnica na próxima safra", disse Lauro. 

Jorge Fernando Naimeg, da fazenda Pântano no Cerrado Mineiro, ficou com o 3º lugar. O cafeicultor comemorou a possibilidade de manter o patamar sensorial e qualitativo em todas as safras. "Queríamos fazer um café com o mesmo alto perfil todos os anos, e graças a este projeto nós vamos conseguir. A fermentação controlada trouxe uma acidez mais intensa para os grãos, o que agregou muita qualidade. É um novo segmento de café", sublinhou.

O especialista Silvio Leite afirmou que os sabores alcançados são uma revolução na cadeia do café, além de comprovar que a ciência tem muito a contribuir com a evolução do setor. "O mais interessante é a enorme complexidade dos perfis produzidos, uns mais frutados, outros mais para a rapadura, entre tantos outros. Entramos em uma nova era da cafeicultura", comentou.

Confira os dez primeiros colocados:

*com informações da assessoria de imprensa

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