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Biológico controla gafanhoto na bananeira

A equipe do projeto identificou a espécie Schistocerca flavofasciata, em algumas fazendas comerciais de banana


Foto: Álvaro Costa

Nas últimas semanas a nuvem de gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata  vem preocupando a América do Sul. Potenciais comedores de pastagens e de diversas culturas eles causam danos por onde passam. Há pelo menos três anos a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), estuda os insetos e os potenciais danos na casca da bananeira, o que reduz o valor comercial das frutas. 

Os testes envolvem controle biológico com o fungo Metarhizium acridum, em Mato Grosso, que se mostrou eficaz o combate aos gafanhotos. Apesar da importância econômica dos gafanhotos em Minas Gerais e de serem pragas emergentes, não existem informações atualizadas e detalhadas sobre as espécies encontradas, seu comportamento, danos nas culturas e suscetibilidade à cepa de fungo já isolada.

A equipe do projeto identificou a espécie Schistocerca flavofasciata, em algumas fazendas comerciais de banana em Nova Porteirinha, Capitão Enéas, Francisco Sá, Jaíba e Verdelândia, causando danos. Eles foram caracterizados e contados. A suscetibilidade dos gafanhotos identificados ao fungo está sendo avaliada em experimentos de laboratório e os resultados são promissores. “O desenvolvimento de um produto à base de M. acridum envolve diversas vantagens sociais e ambientais em comparação ao controle químico, principalmente no que tange à saúde humana, riscos de contaminação do meio ambiente e ação negativa sobre organismos não-alvo, além dos benefícios econômicos gerados pelo menor custo como método de controle”, avalia a pesquisadora Madelaine Venzon.

Segundo a pesquisadora, existe ainda a possibilidade da criação de um banco de isolados do fungo na EPAMIG, com o envolvimento da empresa em controle microbiano de pragas, estratégia de controle biológico que mais cresce no país. “Representa também a possibilidade de futuras parcerias com outras empresas para a produção massal do fungo e o registro de um produto biológico para o controle de gafanhotos no Brasil” completa. O trabalho realizado até o momento fez parte da dissertação do estudante Álvaro Costa, orientada pela pesquisadora Madelaine.
 

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