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Programa ATeG amplia e melhora produtividade de cafeicultores

ATeG trabalha com cinco pilares: Técnico, Gerencial, Ambiental, Profissional e a sucessão familiar

O Programa Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café é um trabalho de acompanhamento direcionado para cafeicultores no estado de Minas Gerais. A iniciativa é desenvolvida por 23 técnicos capacitados pelo Senar Minas, sendo 21 técnicos de campo e 2 supervisores para atenderem a 600 propriedades das regiões Sul de Minas e Matas de Minas.

De acordo com o analista técnico da Formação Profissional Rural e coordenador do ATeG, Caio Sérgio Oliveira, do início do projeto até agora houve um acréscimo de área plantada nas regiões atendidas. “Com as intervenções realizadas até o momento através do projeto, tivemos um acumulado de produção na ordem de 131.572 sacas de café no ano de 2017, uma média de 23 sacas por hectare plantado”, explica Caio.

O ATeG trabalha com cinco pilares: Técnico, Gerencial, Ambiental, Profissional e a sucessão familiar. Para o gerente regional do Senar em Lavras, Celso Vieira, em um ano e meio de programa já foram apontados ganhos significativos para os produtores participantes; e a tendência, segundo ele, é aumentar ainda mais, principalmente em relação a produtividade, por meio da assistência técnica que recebem. “O programa consiste em proporcionar uma assistência técnica in loco, apresentando métodos de manejo adequados e novas cultivares; a gerencial prepara os produtores no que diz respeito a custo de produção, capacidade de desenvolvido do negócio rural e a gestão da propriedade como um todo”, diz Celso.

O gerente ainda reforça que um dos pontos cruciais do ATeG é a sucessão familiar no campo. É notável o interesse dos familiares em tornar a atividade em um empreendimento rentável, com a participação de pais, filhos e das esposas também. O programa tem despertado o interesse e demonstrado que é possível obter lucro e um produto de alta qualidade, com algumas tecnologias e técnicas de manejo, como por exemplo, o uso correto dos insumos agrícolas, a introdução de material genético resistente a doenças e que tenha alto potencial produtivo. “O desfio para os cafeicultores é conseguir um mercado justo que valorize a qualidade do seu produto”, finaliza o gerente.

Segundo dados apurados pela FPR, no Sul de Minas houve um acréscimo de 1,5% de área plantada. Nas Matas de Minas esta área de plantio se manteve estável. Em abril de 2018, os técnicos da região Sul de Minas foram capacitados para aplicarem a ferramenta GISA, uma plataforma digital que determinará o índice de sustentabilidade das 300 propriedades atendidas na região. Este mês foi a equipe das Matas de Minas que recebeu o treinamento, que já começou a ser aplicado nas 300 propriedades da região.

A ideia é buscar novas tecnologias e aplica-las nas propriedades assistidas. Produtores do Sul de Minas fizeram uma visita técnica na Fundação Procafé, onde conheceram novas variedades e outras tecnologias cafeeiras; isso proporcionou mais credibilidade junto ao produtor, pois “vendo os resultados eles ficaram motivados em renovar as lavouras, implementando novas cultivares resistentes e inovando no processo operacional da cadeia produtiva do café”, conta o técnico do programa, Rodrigo Doval.

Luiz Carlos Gonçalves, cafeicultor da cidade de Conceição das Pedras, na Serra da Mantiqueira, tem 2 hectares e meio de plantação. A lavoura fica a 1100 metros de altitude. De acordo com o produtor, o programa veio agregar conhecimento e métodos que estão facilitando o trabalho no campo. Ele apostou em uma nova cultivar “catucaí”, plantou 2 mil pés e ainda apostou no terreiro suspenso. Toda a transformação é resultado do programa ATeG. “A gente não tinha tanto conhecimento e hoje estou satisfeito com o programa e o que agregou na lavoura”, diz.

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