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Pesquisa avalia produção de silagem de milho em MG

No estudo, foram simuladas diversas datas de semeadura para o milho ao longo do ano


Minas Gerais se destaca nacionalmente como o maior produtor de leite bovino. Entretanto, ocorre grande oscilação no fornecimento deste alimento por causa da redução na oferta de forragem para o gado no período de estiagem.

Segundo o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Camilo de Lelis Teixeira de Andrade, o uso de silagem é uma alternativa importante, mas requer planejamento, ou seja, o produtor precisa preparar a quantidade de silagem de que necessita com antecedência.

Ele ressalta que a cultura do milho, em regime de sequeiro, também sofre com as irregularidades no regime de chuvas, e isto dificulta o planejamento da área de lavoura necessária para a produção de silagem.

"Com base nesse raciocínio, utilizamos ferramentas computacionais para, junto com informações de clima e de solo de diferentes regiões de Minas, estimar a produtividade esperada de silagem de lavouras semeadas em diferentes épocas, com ou sem o uso de irrigação e considerando ainda o risco de ocorrência de chuva na colheita", diz Camilo.

No estudo, foram simuladas diversas datas de semeadura para o milho ao longo do ano. "Assim, foi possível definir os períodos de semeadura mais adequados em cada município, para o cultivo de sequeiro e irrigado. Foram avaliadas também a qualidade da silagem e a ocorrência de chuvas na ocasião da colheita. Isto permitiu uma avaliação completa do desempenho da cultura no estado", explica Camilo.

De acordo com a pesquisa, as melhores datas de semeadura para milho silagem, sob regime de sequeiro em Minas Gerais, ocorrem no mês de outubro. Para o regime irrigado, as datas mais adequadas se concentram no mês de fevereiro. Considerando apenas as melhores datas de semeadura, a produtividade de massa seca de milho para silagem, sem irrigação, apresenta menor produtividade e maior variação entre os anos em relação ao cultivo irrigado.

Os testes foram realizados em Aimorés, Araçuaí, Araxá, Bambuí, Caratinga, Curvelo, Itamarandiba, Janaúba, Lavras, Machado, Montes Claros, Paracatu, Patos de Minas, Pompéu, Sete Lagoas, Uberaba, Unaí e Viçosa. Os resultados foram publicados em julho de 2019, na série Documentos da Embrapa, sob o título "Simulação da Produtividade Potencial de Silagem de Milho em Municípios de Minas Gerais".

Participaram também do estudo a engenheira agrônoma Marina Luciana Abreu de Melo, o biólogo Tales Antônio Amaral e os graduandos em Engenharia Agronômica Christoph Hermann Passos Tigges e Jennifer Alves Camilo. Todos bolsistas da Embrapa.

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