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Mais vacinas chegam à Venezuela para vacinação contra aftosa

Mais vacinas chegam à Venezuela para vacinação contra aftosa


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai enviar nesta terça-feira (4), 1,6 milhão de doses de vacina contra a febre aftosa à Caracas, na Venezuela, embarcadas em um Boeing 767 da FAB. O diretor do DSA (Departamento de Saúde Animal) do Mapa, Guilherme Marques, observa que o Brasil vai doar, no total, 20 milhões de doses, das quais 500 mil já foram enviadas para serem aplicadas no rebanho de Maracay.

As 17,9 milhões de doses restantes ficam sob a guarda do Mapa e deverão ser buscadas por aeronaves venezuelanas. As vacinas seguem em caixas de isopor com gelo e, chegando lá, serão colocadas em câmaras frias para posteriormente serem distribuídas conforme a demanda, sendo colocadas novamente no gelo e enviadas às fazendas.

O diretor prevê que a quantidade doada pelo Brasil, atenda a demanda mais urgente daquele país, em especial, a vacinação de 100% do rebanho de Bolívar, estado vizinho de Roraima. “Boliva tem em torno de 800 mil cabeças de bovinos, ali nós vamos focar as operações do Brasil. Foi acertado com as autoridades venezuelanas que dessas 1,6 milhão de doses, 800 mil vão ser destinadas exclusivamente para a fronteira com o Brasil.

A campanha de imunização de todo o rebanho começou em 1º de novembro e se estenderá até 1º de janeiro. Em maio de 2019, serão vacinados os animais jovens (até 24 meses), mais suscetíveis à doença por nunca terem recebido a proteção vacinal. O rebanho venezuelano soma 17 milhões de cabeças.

Representantes do Centro Pan Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) estiveram lá por várias semanas acompanhando, registrando e adequando as câmaras frias, inclusive com a presença de grupo gerador para garantir a manutenção da refrigeração, em caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica, mantendo a qualidade das vacinas. Existem pontos de armazenamento na capital, mas há outras câmaras frias distribuídas no país de forma estratégica.

Segundo Marques, o objetivo além de vacinar, é desenvolver uma estratégia de cadastramento das propriedades, inspeção clínica dos animais e coleta de amostras que serão enviadas para o laboratório de referência internacional para febre aftosa, o Lanagro, de Pedro Leopoldo (MG), para acompanhamento da atividade do vírus no rebanho.

As autoridades sanitárias venezuelanas do Insai (Instituto Nacional Agrícola de Saúde Integral) estão acompanhando o processo, colaborando para solução do problema, para a erradicação da febre aftosa daquele país. “O Brasil pela sua experiência pode auxiliar muito as autoridades venezuelanas”, disse Marques.

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