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Agrotecnologia no dia a dia

Nova série nas redes sociais traz dicas e receitas baseadas em tecnologias difundidas pela Epamig


Foto: Divulgação

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), estreia nesta sexta-feira (7/8), em seu canal oficial no Youtube, a série “AgroTecnologia no dia a dia”. A proposta é trazer, a cada semana, temas que representem a presença das tecnologias geradas pela empresa no cotidiano da população.

O primeiro conteúdo é a receita de uma geleia de hibisco, preparada pela pesquisadora Izabel Cristina dos Santos. Conhecido popularmente como vinagreira, rosélia e quiabo-azedo, dentre outros nomes, o hibisco é uma planta alimentícia não convencional (Panc), usada em saladas (folhas), sucos, chás, doces e geleias (flores e frutos). Para esse preparo serão utilizados os cálices retirados dos frutos maduros.

A Epamig desenvolve projetos que buscam resgatar o cultivo e o consumo de hortaliças tradicionais, também conhecidas como não convencionais (HNC). Estes estudos possibilitam uma nova fonte de renda para agricultores familiares e, ainda, a diversificação na alimentação da população, por meio da oferta de produtos altamente nutritivos.

Essas plantas são, em sua maioria, rústicas, de fácil cultivo e ricas em vitaminas e sais minerais. Além disso, contam com um componente afetivo, uma vez que várias dessas espécies são parte da cultura e da tradição culinária mineira e, há alguns anos, eram facilmente encontradas em quintais e hortas domésticas.

Identificação e consumo

As pesquisas com as Pancs têm ajudado na identificação de hortaliças que fazem parte da tradição culinária de diferentes regiões de Minas Gerais e do Brasil. Dentre as espécies estudadas estão a araruta, usada para a obtenção de polvilho e farinhas; a azedinha, consumida em saladas ou como ingrediente na composição de recheios e ensopados; a capuchinha, também conhecida pelas propriedades medicinais; o ora-pro-nobis, utilizado no preparo de caldos e na combinação com frango e costelinha de porco; além de outras plantas.

Outro ponto destacado no estudo é a importância da correta identificação das HNCs e do modo de preparo para a segurança do consumidor final, uma vez que algumas dessas hortaliças são tóxicas se consumidas cruas ou podem ser confundidas com plantas que não são comestíveis. Um exemplo é a taioba, que sempre deve ser cozida ou refogada antes do consumo.

Minas Gerais possui bancos de hortaliças não convencionais que integram o programa “Bancos Comunitários de Multiplicação e Conservação de Hortaliças Não Convencionais”, desenvolvido em parceria pela Epamig, Emater-MG, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Embrapa, Universidade Federal de Viçosa, associações, produtores e algumas prefeituras.

No site da Epamig é possível fazer o download gratuito da cartilha “Hortaliças não convencionais: Saberes e Sabores”, que lista características de algumas das espécies estudadas e traz dicas de preparo de pratos com esses ingredientes.

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