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Exportações de MS avançam 38% e somam US$ 460 milhões

Números altos da soja são fruto da nossa produtividade do campo


As exportações do mês de novembro, de Mato Grosso do Sul, somaram receita de US$ 460,772 milhões, alta de 38,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando a receita foi de US$ 331,630 milhões. Os principais produtos responsáveis pelo aumento foram a celulose, que fechou o mês com US$ 234,6 milhões (avanço de 83,7%) e, em segundo lugar, a soja, com US$ 80,7 milhões (aumento expressivo de 751,5%, impulsionado pela guerra comercial entre China e Estados Unidos).

Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e mostram ainda que, no acumulado de janeiro a novembro de 2018, a receita das vendas ao exterior somou US$ 5,336 bilhões, apresentando crescimento de 20,2% em relação ao mesmo período de 2017, quando chegou a US$ 4,439 bilhões. A celulose e a soja, mais uma vez, foram as maiores responsáveis pelo avanço no ano, com US$ 1,870 bilhão e US$ 1,744 bilhão de receita, respectivamente.

“Os números altos da soja são fruto da nossa produtividade do campo, do clima positivo e da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que favoreceu as nossas vendas”, analisa o administrador, consultor de empresas e especialista em mercado exterior Aldo Barrigosse. “Em relação à celulose, este ano, foi inaugurada uma nova planta industrial da Fibria [em Três Lagoas], que fez dobrar nosso volume de produção”, complementa.

O milho, por outro lado, sofreu queda de 95,7% nas vendas de novembro, com receita US$ 1,433 milhão neste ano, ante total de US$ 33,852 milhões, no ano passado. Segundo o especialista, o mercado interno está em recuperação e aumentou o consumo do grão, o que “prejudicou” as exportações. “O mercado doméstico comprou quase todo o milho que é produzido por aqui e, assim, sobra pouco para se exportar”, pontua. No acumulado do ano, o grão também fechou os onze meses em queda, passando de US$ 323,046 milhões para US$ 75,389 milhões, redução de 76,6%.

A cana-de-açúcar e o minério de ferro também registraram retrações em novembro, de 56% e 5,36%, respectivamente. A cana somou US$ 14,765 milhões em vendas no mês passado, contra US$ 33,614 milhões no mesmo mês de 2017; já o minério de ferro totalizou US$ 10,772 milhões em receitas este ano, diante de US$ 11,382 milhões no mesmo período do ano passado.

CARNES

A carne bovina fechou os onze meses de 2018 em alta, conforme os números do Mdic. O montante de carne bovina (desossada e congelada) comercializado ao exterior por Mato Grosso do Sul ficou em US$ 487,020 milhões, representando avanço de 5,20% no comparativo com 2017 (US$ 462,932 milhões).

“Mesmo com efeito ainda da Operação Carne Fraca, de 2017, o setor vem se reinventado e se mantendo forte no mercado internacional. Os preços internacionais estão firmes e a valorização do dólar ajudou o segmento”, define Barrigosse.

Já o frango teve retração de 7,31%, e o montante comercializado saiu de US$ 257,474 milhões para US$ 238,658 milhões. “Mercados tradicionalmente compradores do frango, como Japão, Arábia Saudita e Emirados Arabes, compraram bem menos em 2018, comparado a 2017”, finaliza o especialista. 

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