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MS paga 1,7 milhão para medir eficácia dos agrotóxicos

Foco será o monitoramento de defensivos agrícolas nas plantações de milho e soja


O governo do Estado vai repassar R$ 1,7 milhão para empresa privada para monitorar a eficiência de defensivos agrícolas em lavouras de soja e milho de Mato Grosso do Sul. Recurso para o convênio assinado nesta segunda-feira será retirado do orçamento da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) do Fundems (Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul).

Entre janeiro e julho deste ano, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) aprovou a comercialização de 80 novos produtos agrotóxicos no Estado. Dos 80 novos agroquímicos liberados, 28 são classificados como “extremamente tóxicos” e outros dez carregam o selo de “altamente tóxicos”. Os produtos variam entre herbicidas, inseticidas, fungicidas, acaricidas, formicidas, nematicidas, bactericidas e agentes biológicos de controle.

Alguns efeitos causados pelos defensivos vão ser monitorados por tecnologia desenvolvida pela Fundação MS, empresa privada com 26 anos de experiência na área de pesquisa e difusão, para execução do “Programa Validação das Tecnologias para as Culturas de Soja e Milho em MS”, cujo objetivo é gerar informações sobre a eficiência dos agrotóxicos no controle dos principais problemas fitossanitários das lavouras.

Com os resultados da pesquisa, será possível definir estratégias de adubação com calcário, fósforo e enxofre, bem como posicionar as melhores cultivares de soja e híbridos de milho em mais de 10 regiões agrícolas do Estado na safra 2019/2020. “Recurso que você coloca do Fundo e que acaba voltando ao setor produtivo em benefício”, disse Reinaldo Azambuja após assinar o convênio de repasse de recursos.

Para o governador, o trabalho desenvolvido pelos centros de pesquisa é fundamental para dar segurança ao produtor e estabilidade à produção, mesmo nas intempéries. “Temos tido anos de clima irregular e mesmo assim temos mantido uma produtividade média muito melhor do que já tivemos no passado. Isso tudo é fruto do trabalho dos institutos de pesquisa”, avaliou o gestor.

Diretor-presidente da Fundação MS, Luciano Muzze, agradeceu o apoio do setor público para a execução do projeto. “É um ente importante para que a gente possa sempre trazer soluções tecnológicas para o crescimento e o desenvolvimento da agropecuária sul-mato-grossense”.

Segundo ele, a pesquisa é a principal ferramenta para o aumento da produtividade com redução do custo de produção.

Também presente no ato de assinatura do convênio, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Maurício Saito, destacou a importância da atuação do Governo do Estado “no reconhecimento do trabalho que é realizado pela iniciativa privada”, assim como o “entendimento que o governador tem a respeito da ciência para o desenvolvimento do Estado”.

Ainda participaram do ato o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel; diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), Márcio de Araújo; o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja-MS), André Dobashi; e o diretor-executivo da Fundação MS, Alex Merlotto.

Queda - De janeiro a setembro de 2019, Mato Grosso do Sul acumula um saldo de US$ 2,264 bilhões na balança comercial. O valor é menor em relação ao mesmo período do ano passado que foi de 2,461 bilhões. A exportação do milho disparou e teve aumento de 337,15% em relação ao mesmo período do ano passado, mas a soja caiu significativamente.

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