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Pavimentação de BR 163 diminuiu frete

O menor custo dos fretes tem influenciado no aumento de embarques


Foto: Arquivo Agrolink

O Boletim Logístico referente a setembro, produzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra que houve queda nos preços do frete rodoviário com a pavimentação de BR 163, importante rodovia para o escoamento do agronegócio.

Com a inauguração do trecho em fevereiro em Miritituba (PA) os custos entre Mato Grosso e o porto de Miritituba caíram até 11%. Isso porque a qualidade da rodovia estimulou o escoamento da safra de soja por este corredor em relação aos portos tradicionais de Santos/SP e Paranaguá/PR, que tiveram queda de 9%. Para se ter ideia da diferença uma carga saindo de Sorriso (MT) indo para Santos (SP) custou R$ 300 a tonelada. De Sorriso para Miritituba (PA) a mesma carga sair por R$ 170 a tonelada. 

“O crescimento da participação dos portos no Arco Norte é uma realidade. Essas rotas não podem mais ser tratadas como alternativas, mas como solução para o escoamento da crescente produção agrícola do Brasil”, afirma o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.

De acordo com o levantamento, de janeiro a setembro de 2020, grande parte da soja saiu por portos do Arco Norte, representando 29% do total e mais de 23 milhões de toneladas. Santos vem em segundo com 26% de participação, seguido de Paranaguá, com 15%. 

O menor custo dos fretes, a partir das melhorias na infraestrutura, tem influenciado diretamente no aumento de embarques dos produtos agrícolas, principalmente milho e soja, pelos portos do Arco Norte. Com o período da entressafra em Mato Grosso, as cotações de frete começaram a cair em setembro. No entanto, mesmo com a queda apresentada, os valores encontram-se em patamares mais elevados que no ano anterior em determinadas rotas. Esse arrefecimento controlado deve-se à movimentação ainda existente para o escoamento de milho e soja no estado. Para os meses restantes de 2020, a tendência é de declínio acentuado do preço do frete, ainda que haja demanda para exportação.

A denominação de portos do Arco Norte, resultado de avaliações com o setor produtivo e o governo federal, resultou na definição de uma linha imaginária que atravessa o território brasileiro, passando próximo às cidades de Ilhéus (BA), Brasília (DF) e Cuiabá (MT), sendo composto principalmente pelos portos que compõem o interesse logístico para o agronegócio. São os de Itacoatiara (AM), Santarém e Barcarena (PA), Santana (AP), São Luís (MA), Salvador e Ilhéus (BA). 
 

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