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Cerca 30% da soja ainda não foi colhida em Lucas do Rio Verde

Os que pretendem plantar milho esperam que as chuvas permitam a semeadura


Foto: Marcel Oliveira

O trabalho dos produtores de Lucas do Rio Verde para colher a safra de soja ainda não terminou. Pelo contrário. Eles aproveitam cada momento de estiagem para concluir a colheita e assim iniciar o cultivo de milho.

O diretor executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasqualli, informou que aproximadamente 70% da área cultivada no ano passado foi colhida. O atraso na colheita é causado do período chuvoso. “Estamos com um atraso em relação a média de colheita por conta do atraso do plantio.

A cultura da soja foi plantada bem mais tarde que em relação ao ano passado, em relação safras passadas. Como consequência estamos tendo a colheita à frente do que é
normal”, explicou.

Produtividade

O diretor da Fundação Rio Verde declarou que a média de produtividade foi afetada pelas adversidades climáticas, ficando abaixo do registrado na safra passada. Pasqualli citou que os últimos meses de 2020 contaram com chuvas abaixo da média, o que interferiu na performance de produtividade da cultura.

“Tivemos, nas duas últimas semanas, dias com bastante chuva. Porém, todos os dias o produtor conseguiu colher. Chovia pela manhã, mas a tarde conseguia ter operação na colheita. Acabou não interferindo drasticamente no operacional das lavouras, até então”,
observou.

Os produtores que não conseguiram concluir a colheita torcem para que o clima seja mais favorável. “É um momento ainda crítico da safra por conta dessas operações”, avalia.

Plantio de milho

Se os produtores que ainda têm soja para colher torcem pela estiagem, por outro lado os que pretendem plantar milho esperam que as chuvas permitam a semeadura. A janela para plantio ainda está aberta. O período mais indicado para o plantio é o dia 28 de fevereiro. “A ideia seria plantar nesta época. Porém, os agricultores não vão conseguir, talvez em 30% das áreas, plantar nesta janela. E isso pode ter reflexos negativos no milho”, alerta.

A orientação da Fundação Rio Verde é que os produtores tenham bastante atenção e cuidado no controle de pragas no momento plantio, principalmente as pragas dos percevejos marrom e verde. São insetos que atacam o milho no período inicial.

“Os reflexos desse ataque são irreversíveis na cultura. Uma vez atacada a planta, ela acaba interferindo no metabolismo dela e na produtividade. Esses cuidados são importantes e são atitudes simples de serem feitas, com aplicação de inseticidas, porém é uma fase crítica do operacional, onde tem produtor plantando e colhendo, realizando várias operações ao mesmo tempo e assim estrangulando o operacional”, evidencia.

Rodrigo Pasqualli conclui que os próximos 40 dias serão fundamentais para definir um
cenário sobre a safra de milho.

Fonte: CenárioMT

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