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Sistema ajuda a identificar falta de potássio na soja

Ele identificará a deficiência por meio da análise de suas folhas


Foto: Marcel Oliveira

Está em fase final um sistema que vai permitir identificar a deficiência de potássio na soja para produtores do Mato Grosso. O ‘Sistema inteligente para a identificação de deficiência de macronutriente pela folha da soja’ está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Por meio dele a deficiência pode ser obtida por análise da folha.

Segundo o professor coordenador da pesquisa, Maicon Aparecido Sartin, a detecção precoce das deficiências de macronutrientes reduz a vulnerabilidade das plantas a inúmeros tipos de doenças e pode significar ganho econômico, uma vez que, grande parte dos custos de produção está relacionada com os insumos agrícolas. Como normalmente a detecção dos nutrientes é feita de forma manual, pela observação das folhas, a margem de erro é maior e a aplicação do fertilizante pode ser feita de forma errada. “Uma das principais causas das perdas nas colheitas está relacionada a correção nutricional errônea da planta. Isso pode ocasionar a redução da produtividade e doenças na plantação”, explicou Sartin. 

Os resultados parciais recentes da propostaforam validados com o uso de técnicas baseadas em aprendizado profundo (Deep Learning) para problemas com múltiplas classes. Os resultados foram promissores no reconhecimento da deficiência do macronutriente de potássio com precisão e acurácia entre 97% e 99%, dependendo da métrica.

O produto final será dotado de software, hardware e comunicação para o monitoramento de plantações.  “O sistema será capaz de criar uma rede sem fio de módulos inteligentes para adquirir e processar informações ambientais e visuais da plantação com o intuito de melhorar o diagnóstico de deficiências de macronutrientes na soja, neste caso de potássio”, comentou.

A ideia é que após a validação de um macronutriente o estudo siga para outros. O Sistema será concluído em abril, após três anos de pesquisa. As amostras foram coletadas na estação experimental da FMT, em Itiquira, no sul-matogrossense.
 

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