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Plantio de soja avança no MT

Custo de produção está mais caro puxado por defensivos e a oportunidade


Foto: Pixabay

Com o retorno das chuvas a semeadura de soja avança em Mato Grosso. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o plantio atingiu 24,87% do total de suas áreas até a última sexta-feira (23).  

Após um ritmo mais lento nas primeiras semanas, os trabalhos a campo começaram a ganhar força, com um avanço semanal de 16,69 pontos percentuais. No mesmo período do ano passado mais 64% da safra já havia sido semeada. A região que apresentou o maior destaque foi a oeste, com 39% da semeadura concluída. A mais atrasada é a região Sudeste, com 16%, onde as chuvas acumularam apenas 31 mm nos últimos sete dias. As demais regiões ultrapassam os 20%.

Clima deve colaborar

Segundo o Aproclima/TempoCampo para os próximos 15 dias estão previstos aproximadamente 70 mm de chuva nessa região, o que pode melhorar o nível de umidade no solo. Para as próximas duas semanas, as previsões começam a mudar para um padrão mais chuvoso, com volumes maiores que os do ano anterior, apontando entre 60 e 90 mm nas regiões produtoras.

Segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o estado deve plantar 10,2 milhões de hectares de soja, avanço de 2,8% e espera colher 36,8 milhões de toneladas, ou 2,7% a mais, com produtividade média de 3,5 kg/ha.

Custo de produção 7% maior

Com o início da semeadura da nova safra, os custos de produção da temporada foram consolidados. Na comparação com o ano passado, o Custo Total (CT) aumentou R$ 290,77/ha, ou 7,44%. Os principais componentes que impulsionaram este valor foram os defensivos e o custo de oportunidade, que se elevaram devido ao aumento do dólar e da soja em grão, respectivamente. Como os agricultores adiantaram as compras de insumos no ano passado (principalmente fertilizantes), as negociações foram propícias no fechamento das contas neste ano. 

A explicação para isso é o dólar, que nos últimos 12 meses valorizou 32,12% (PtaxBacen), ou seja, caso o produtor deixasse para adquirir os insumos recentemente, ocorreria uma inflação nos custos. Sabendo que isso pode voltar a ocorrer na próxima safra e buscando aproveitar os preços da soja em alta, o agricultor começa a adiantar as compras para o ciclo 21/22, que apresenta 18,74% dos insumos já negociados, um recorde.
 

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