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Parceria fortalece o cultivo da soja no Nordeste paraense

Ele ressalta ainda que a soja não vem substituir os sistemas de cultivo tradicionais da agricultura familiar da região


Prefeitura de Castanhal, Sindicato Rural e Embrapa assinaram, na manhã dessa segunda-feira (08), acordo de cooperação técnica para o cultivo sustentável da soja na região do município de Castanhal, Nordeste do Pará. Com o acordo serão desenvolvidas ações de pesquisa e transferência de tecnologias com a cultura da soja, como a adaptação de novas cultivares para o solo e clima locais, época de plantio e sistemas de produção.

O prefeito de Castanhal, Pedro da Mota Filho, afirma que a agricultura já foi uma atividade de destaque na região, especialmente com o cultivo de arroz, milho, frutas e mandioca. Atualmente, continua o gestor, a atividade agrícola local está em baixa e precisa de novos impulsos para voltar a crescer. “Precisamos de novas alternativas para fixar o homem no campo frente ao alto índice de desemprego no país”, destaca.

O estado do Pará plantou, em 2018, cerca de 450 mil hectares de soja, sendo mais de 200 mil na região Paragominas, que é o principal pólo produtor de grãos do estado. A ideia é que ampliar o cultivo sustentável desse grão em outras regiões que apresentem características favoráveis de solo e clima.

A região Nordeste Paraense, em especial o município de Castanhal, reúne essas e outras características. O presidente do Sindicato Rural de Castanhal, Francisco Gomes da Silva, destaca algumas: “a logística, pois estamos próximos de estradas e centros logísticos de distribuição; a presença de grandes granjas consumidoras de farelo e ração animal; a presença de grandes áreas já abertas, planas e muita chuva”, relata o produtor.

Aliás, é a questão das chuvas um dos desafios da pesquisa para a introdução da soja na região. Os pesquisadores vão definir o calendário de plantio desse grão baseado na precipitação pluviométrica ao longo do ano. Além disso, vão testar o comportamento desse grão em solos arenosos. “As ações de transferência de tecnologias vão estar fundamentadas em informações já testadas e validadas pela pesquisa para que o produtor tenha mais segurança”, afirma o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri.

Ele ressalta ainda que a soja não vem substituir os sistemas de cultivo tradicionais da agricultura familiar da região, “a ideia é intensificar a produção, baseada em tecnologia, em sistemas integrados e em sustentabilidade”, finaliza.

A ação faz parte do projeto "Transferência e Comunicação de Tecnologias para Sistemas Sustentáveis de Produção de Soja", liderado pela Embrapa Soja (Londrina, PR).

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