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Pará vai ganhar mapa com o cultivo do cacau no estado

Municípios da região da Transamazônica receberam a equipe do projeto Mapcacau, cujo objetivo é mapear as áreas com plantio de cacau do Pará


Os municípios da região da Transamazônica receberam esta semana (18 a 21/09) a equipe do projeto Mapcacau, cujo objetivo é mapear as áreas com plantio de cacau (Theobroma cacao) no estado do Pará. O grupo da Embrapa, Ceplac, Emater e secretarias municipais percorreram nove municípios da região para mapear junto aos produtores a extensão das áreas de cultivo e o número de agricultores no território. O mapa do cacau deverá ser lançado em 2019, nas versões impressa e digital, cobrindo todo o estado.

O Pará é o maior produtor de cacau do Brasil, com uma produção estimada em 113 mil toneladas, em 2018, pelo IBGE. Porém, especialistas afirmam que a extensão do plantios ainda é subdimensionada, isso porque o cacau é uma espécie cultivada com sombreamento de outras árvores, o que dificulta a identificação dessas áreas. Por isso, o trabalho de mapeamento envolve análise de imagens de satélites, informações do Cadastro Ambiental Rural e do banco de dados da Ceplac, combinando-as à checagem no campo junto aos produtores e técnicos locais.

Para Carlos Alberto Rodrigues da Silva, técnico da Ceplac que atua junto aos produtores de Medicilândia há 12 anos, a atualização desses dados é extremamente necessária. Ele cita, por exemplo, área nos limites da terra roxa, entre Brasil Novo e Uruará, cujo mapeamento anterior mostra 1.500 produtores, “agora esse mesmo local com o levantamento atualizado já soma mais de 10 mil produtores. E além disso, a área que tinha 15 km passou a ser de 100 km”, ressalta.

O técnico destaca ainda que o mapa vai ajudar o comércio e a indústria, pois, segundo ele, atualmente os produtores dependem de comerciantes próximos às suas propriedades e com o mapeamento atualizado será possível ampliar a rede de comercialização do produto.

Segundo Adriano Venturieri, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental e coordenador do projeto, o trabalho tem uma colaboração intensa dos parceiros e produtores locais, que atuam na delimitação áreas. “Quem está no território nos ajuda a delimitar os polígonos apontados nas imagens de satélite”, esclarece. Para ele, os mapas vão ajudar não somente os municípios e as instituições de pesquisa e extensão, mas também investidores na medida em que define áreas de ampliação da cultura e para a implantação de indústrias.

Abrangência
O grupo do Mapcacau, que reúne especialistas e técnicos da Embrapa, Ceplac e Emater, além de parceiros do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Semas e secretarias municipais, percorreu os municípios de Novo Repartimento, Pacajá, Anapu, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Senador José Porfírio, Uruará e Placas.

Além da Transamazônica, o trabalho abrange as regiões Nordeste Paraense (Tomé-Açu e Acará); Sudeste Paraense (Tucumã, São Félix e Ourilândia do Norte); Região das Ilhas (Cametá, Mocajuba, Baião e Igarapé Mirim); e Oeste do Pará (Rurópolis, Itaituba e Santarém).

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