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PB: pecuaristas atendidos pelo Senar relatam melhoria no desempenho da produção

O produtor tem quatro vacas em lactação, mas fazia apenas uma ordenha por dia


Foto: Marcel Oliveira

“Eu estava sem motivação, pensando até em acabar a atividade. Mas, em doze dias, eu tive um aumento de 195 litros de leite”. Esse é o relato do pecuarista Jairan Alves da Silva, atendido pela Assistência Técnica e Gerencial do Senar, dentro do programa Agronordeste, no município de Aroeiras, no Cariri paraibano.

O produtor tem quatro vacas em lactação, mas fazia apenas uma ordenha por dia. Ao começar os atendimentos com a ATeG, uma das primeiras recomendações que recebeu foi sobre o manejo, orientando que passasse a fazer a ordenha duas vezes por dia.

“A vaca que estava dando só 16 litros, passou a dar 25 por dia. Durante 30 dias, a gente vai ter um aumento significativo para me dar uma renda maior do que a que eu tinha e que só cobrira meus custos. Antes eu estava trabalhando só para os animais, mas agora vou trabalhar também para mim”, completou Jairan.

Ele é atendido pelo veterinário Fernando Grosso, técnico de campo do Senar, que contou que ao chegar na propriedade, fez um levantamento e encontrou alguns pontos negativos relacionados a nutrição e manejo.

“O produtor fornecia uma ração de baixa qualidade, desbalanceada e uma quantidade inferior a necessidade metabólica dos seus animais. Aos poucos, nós fomos corrigindo isso e ele conseguiu diminuir custos e aumentar a produção, quase que dobrando, com a mesma quantidade de animais”, explicou o técnico.

O manejo nutricional também está na base dos resultados que José Nataniel tem encontrado depois que passou a ser atendido pelo Senar. Ele é criador de cabras em Amparo, também no Cariri e reduziu quase que a metade o custo com ração, como explica a zootecnista e técnica de campo, Ana Barros.

“Para cada três sacos de soja ele usava um de milho. Só que essa proporção tinha que ser invertida. Hoje usamos um saco de torta de algodão para cada três de milho. Trocamos a proteína porque, embora a soja seja excelente, ela está com um custo que é insustentável para o produtor”, explica Ana.

Com esses ajustes, o custo da ração caiu de R$ 1,90 para R$ 0,93, para o consumo de 800g diárias. O melhor balanceamento também ajudou na produção, que saltou de 16 para 34 litros/dia.

“Graças a Deus, esse projeto veio para nos ajudar a alavancar a nossa caprinocultura de leite. A gente já tinha uma ideia de como trabalhar, mas com a assistência deu uma organizada no nosso curral, com as dicas de formação de ração, manejo sanitário. Só tenho a agradecer”, avalia Nataniel sobre o trabalho do Senar.

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