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Amipa busca parceria com a Embrapa Algodão em controle biológico

Os visitantes apresentaram o trabalho que a associação vem desenvolvendo no controle biológico de praga


A Embrapa Algodão (Campina Grande, PB) e a Associação Mineira de Produtores de Algodão (Amipa) iniciaram negociação para consolidar parceria entre as instituições visando a ampliação dos trabalhos com o controle biológico de pragas nas culturas agrícolas em Minas Gerais. Um dos objetivos da parceria é desenvolver uma metodologia para produção em larga escala do agente biológico Catolacus Grandis, parasitóide que pode ser utilizado para a redução da população do bicudo-do algodoeiro, principal praga da lavoura.

A delegação composta pelo diretor-executivo da Associação Mineira de Produtores de Algodão (Amipa), Lício Pena, pelo coordenador de campo, Lusimar Eugênio, e pelo supervisor da Biofábrica, Fauze de Sairre foi recebida, no dia 18, pelo chefe-geral da Unidade, Liv Severino e por um grupo de pesquisadores entomologistas com atuação na Unidade.  

Durante o evento, realizado nos dias 18 e 19, os visitantes apresentaram o trabalho que a associação vem desenvolvendo no controle biológico de pragas. Lício Pena mencionou que a Biofábrica da associação já produz em larga escala o agente de controle biológico Trichogramma pretiosum, que é liberado via drones em todas as culturas da propriedade dos associados, com excelentes resultados no controle de lepidópteros (lagartas de borboletas e mariposas, que compõe a segunda população de insetos do planeta) para as culturas do algodão, soja, milho, ervilha, feijão e tomate industrial. 

O diretor-executivo acrescentou, ainda, que atualmente está em fase de testes o desenvolvimento de dois outros inimigos naturais, Telonomus podisi e Crisoperla externa, e que o interesse maior na parceria com a Embrapa Algodão visa o desenvolvimento de metodologia para produção em larga escala do agente biológico Catolacus Grandis.

Na manhã do dia 19, os pesquisadores Carlos Domingues e Raul Almeida conduziram a comitiva em uma visita aos laboratórios de Entomologia e controle biológico da Unidade, onde puderam conhecer os processos de criação de inimigos naturais para fins de pesquisa. O chefe-geral da Embrapa Algodão enfatizou a importância do trabalho para a Unidade e colocou todo o corpo técnico à disposição para firmar parceria com a Amipa.

A aproximação com a associação também deve render ampliação do trabalho de ensaios de valor de cultivo e uso (VCU) das cultivares desenvolvidas pela equipe de melhoramento genético da Unidade, que já vêm sendo testados a algumas safras pela AMIPA. Os visitantes também ficaram bastante interessados no trabalho de desenvolvimento de uma colheitadeira de algodão de uma linha, acoplada a um trator, de baixo custo e replicável por pequenos produtores, que está sendo conduzido pelo pesquisador da Embrapa Odilon Reny Ribeiro. Saiba mais (link).

O ponto focal da Unidade para a condução da cooperação técnica entre as instituições será o pesquisador Raul Almeida que, acompanhado de outros dois colegas da Unidade, visitará a Biofábrica da Amipa, em Uberlândia, na segunda quinzena de agosto para consolidação do plano de trabalho, para controle do bicudo do algodoeiro.

Controle Biológico

Este método consiste na utilização de inimigos naturais (predadores, parasitóides e entomopatógenos) para o controle de pragas agrícolas. Esta técnica visa a manutenção do equilíbrio do agroecossistema, de modo a reduzir a densidade populacional das pragas a níveis que não prejudiquem a lavoura sob o aspecto econômico, ambiental e da saúde humana, com vistas a redução ou eliminação de agrotóxicos e a manutenção da sustentabilidade do agronegócio.

Trata-se de um método de controle racional e sadio, que tem como objetivo final utilizar esses inimigos naturais que não deixam resíduos nos alimentos e são inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população. Saiba mais (link). 

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