Custo real da soja vai além do óbvio
Por isso, contar com o apoio de um engenheiro agrônomo é essencial

Muitos produtores ainda subestimam o custo real de produção da soja, acreditando que ele se limita a sementes, fertilizantes e defensivos. Segundo Alex Soares, executivo do agronegócio, a análise da planilha do EMEA para a safra 2025/26 em Mato Grosso revela que o cálculo completo envolve também operações mecanizadas, mão de obra, serviços terceirizados, manutenção de máquinas, impostos, despesas financeiras, pós-produção, arrendamento, depreciações e o custo de oportunidade.
O COT (Custo Operacional Total) representa apenas o início desse cálculo. Compreender o impacto do custo de oportunidade é fundamental para garantir a rentabilidade, a tomada de decisão estratégica e a sustentabilidade do negócio. Ignorar esses elementos pode levar produtores a basear suas escolhas em números incompletos, comprometendo resultados e prejudicando a competitividade no campo.
Além dos insumos tradicionais, também é necessário considerar itens como assistência técnica, combustível, despesas gerais, corretivos, adjuvantes e benfeitorias, que muitas vezes passam despercebidos. Esses custos, quando somados, podem alterar significativamente a margem de lucro e a viabilidade da safra, tornando a gestão financeira mais complexa do que muitos imaginam.
Por isso, contar com o apoio de um engenheiro agrônomo é essencial para interpretar os dados corretamente e transformar informações em decisões práticas e eficientes. Planejar a lavoura com base em um custo completo permite ao produtor não apenas manter a lucratividade, mas também fortalecer a competitividade e a sustentabilidade de seu negócio no longo prazo.