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Safra de trigo do Paraná tem queda de qualidade

O setor de trigo brasileiro enfrentará uma safra com reduções tanto em qualidade quanto em quantidade no Paraná


O setor de trigo brasileiro enfrentará uma safra com reduções tanto em qualidade quanto em quantidade no Paraná, após geadas recentes afetarem o principal Estado produtor brasileiro, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta terça-feira.

Segundo o órgão do governo paranaense, o índice da safra que tem boas condições caiu para 67%, enquanto 24% possui nível médio e 9%, ruim. No final de junho, antes do fenômeno climático, 95% da lavoura tinha a melhor condição, mas o Deral já alertava para a possibilidade de geadas.

Mesmo com os impactos do frio intenso ainda não avaliados por completo, o órgão afirma que a produção desta temporada certamente não alcançará as previsões iniciais, de 3,23 milhões de toneladas, podendo recuar para menos de 2,9 milhões de toneladas.

“A condição começa a se aproximar muito da do ano passado, quando produzimos 2,8 milhões de toneladas”, disse Carlos Hugo Godinho, especialista em trigo do Deral. “De maneira geral, esperamos que o número fique mais próximo do ano passado do que do estimado anteriormente.”

Ainda assim, a expectativa é de que o Estado colha mais da metade da produção do Brasil, que importa a maior parte de suas necessidades de trigo.

Em 2018, a safra de trigo do Paraná enfrentou problemas com a seca, enquanto neste ano a neutralidade climática do Pacífico facilitou a entrada de frentes frias e, consequentemente, a ocorrência de geadas.

De acordo com Godinho, a região do Estado mais exposta às geadas é o norte, cujo plantio ocorreu mais cedo, enquanto o sul é o menos exposto. Exatamente por isso, a próxima geada prevista, estimulada pela chegada de uma frente fria nesta terça-feira, não deve causar grandes prejuízos, já que o sul tem áreas não suscetíveis a perdas ainda.

Em termos de qualidade, o analista acredita que os próximos dados ainda possam trazer uma redução nas condições, mas prevê um ajuste fino de médio para ruim. “As boas devem permanecer em dois terços”, afirmou.

O Deral deve divulgar na próxima semana seu relatório mensal de produção, incluindo mais detalhes sobre a situação do trigo.

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