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Trigo no RS pode ter quebra de 30%

Geada e estiagem prejudicaram o desenvolvimento


Foto: Divulgação

O trigo brasileiro tinha tudo para ter uma boa safra nesta temporada. A área plantada cresceu de 2 milhões de hectares para 2,4 milhões de hectares e, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a previsão de colheita era de 6,8 milhões de toneladas, um avanço de 32,6%. 

Alguns percalços pelo caminho refletiram na produção do Rio Grande do Sul e parte do Paraná. O principal fator foi o clima. A geada forte na fase crucial do trigo levou à perda de parte da cultura. Segundo a Secretaria da Agricultura as perdas estimadas em terras gaúchas eram de até 35% mas parte se recuperou . Com a baixa incidência de chuvas na fase de enchimento de grãos  a expectativa é de manter os 30% de baixa. 

Segundo o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, o produtor investiu no cereal motivado pelos bons preços mas terá uma safra abaixo do esperado. "Se acreditou, se aumentou a área, se teve potencial produtivo, se fez a coisa certa, mas alguns problemas vão prejudicar o sonho de renda e de uma lavoura bem formada como temos em alguns casos", completa.

No estado a previsão inicial era de colher 2,6 milhões de toneladas, uma alta de 22%. Com a quebra a estimava é que a safra feche entre 2,2 a 2,3 milhões de toneladas ou quase 400 mil toneladas abaixo. A Conab divulgará um novo levantamento em novembro.

No Sul do Paraná também são observados problemas de estiagem mas como o trigo está mais adiantado lá que no Rio Grande do Sul as perdas serão menores. 

No estado gaúcho a colheita já começou com cerca de 50% da área já colhida. A produção mundial de trigo na safra 2020/2021 é estimada pelo USDA em 773,1 milhões de toneladas, aumento em relação à safra anterior, quando foram produzidas 764,5 milhões de toneladas. 

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