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Paraná quer dobrar produção de carne suína

Ministra Tereza Cristina deve assinar nesta terça-feira (15) a IN que retira vacinação do estado


O Paraná espera por uma notícia que pode tornar a sua produção de carne suína a maior do país nos próximos anos. Tudo depende do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permitir que os produtores do estado não vacinem o rebanho bovino contra a febre aftosa em novembro deste ano. A expectativa é de que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assine Instrução Normativa nesta terça-feira (15) que permite ao Paraná não vacinar o rebanho bovino já em novembro deste ano. O território paranaense não registra foco desse vírus desde 2006. Desde então, o governo estadual que estruturou a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para garantir o serviço de fiscalização e vigilância animal.

O status de livre de febre aftosa sem vacinação pode garantir à agroindústria local o acesso a mercados importantes e que pagam mais pela carne suína. São os casos de Japão, México e Coreia do Sul. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná calculou que, com o reconhecimento do estado, será possível quase que dobrar as exportações dessa proteína dos atuais 107 mil toneladas para 200 mil toneladas ao ano.

A revista Suinocultura Industrial conversou com o secretário, Norberto Ortigara, sobre os efeitos da obtenção do status de livre de aftosa sem vacinação. Segundo ele, não faz mais sentido empregar recursos para combater uma enfermidade que não afeta mais a produção pecuária paranaense. Além disso, o estado, em conjunto com os produtores rurais e as agroindústrias, adotou e continua implementando diversas medidas para o controle e a prevenção epidemiológica.

Dentre as soluções, estão a adoção de 33 barreiras físicas e mais 17 unidades volantes para monitorar e fiscalizar o acesso de animais provenientes de outros territórios. A fronteira seca com o Paraguai ou Mato Grosso do Sul não são problema, na avaliação de Ortigara. O Paraná já controla a circulação de animais oriundos de outros territórios.

Ortigara estima que os produtores paranaenses desembolsem cerca de R$ 30 milhões por ano para vacinar o rebanho contra a aftosa. É um gasto desnecessário, na visão do secretário. Além disso, impede que o estado impulsione sua produção para chegar ao posto de maior produtor de proteína animal do país. “Enfim, é um ambiente propício à evolução do Paraná”, afirma.

O secretário, no entanto, afirma que somente obter o status não resulta e maiores vendas ao mercado externo. Será preciso competência comercial, produto bom e preços competitivos.

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