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Paraná vê safra de soja perto de recorde

Com relação ao plantio da primeira safra de milho, houve avanço para 88% da área


A previsão, se confirmada, deixa a safra 2019/20 perto do recorde registrado na temporada 2016/17, de 19,9 milhões de toneladas. No ciclo anterior (2018/19), o Estado sofreu o efeito de uma estiagem.

A produção de milho primeira safra do Estado, um dos maiores produtores de grãos do Brasil, foi projetada em 3,1 milhões de toneladas, queda de 1% ante ciclo passado, mas também estável na comparação com a previsão do mês anterior.

“Tanto no milho quanto na soja não houve mudança em termos de produção, pois é muito cedo para reavaliar o potencial produtivo”, disse Edmar Gervásio, técnico do Deral, órgão ligado ao governo do Estado.

O plantio de soja, que avançou para 45% da área, está atrasado em relação às últimas safras, mas o especialista avalia que isso não é um problema para a produtividade da oleaginosa. Com o tempo seco, o Estado teve de realizar replantio de algumas áreas, segundo consultorias.

“A soja no oeste, norte e centro-oeste do Estado, ali as chuvas foram bem irregulares, tem um atraso de 15 pontos percentuais ante a safra passada... mas, neste primeiro momento, este é o período ideal para plantar soja”, comentou, lembrando que a oleaginosa plantada agora tem maior potencial produtivo devido às chuvas que ficam mais regulares à medida que a primavera avança.

Contudo, muitos produtores buscam antecipar o plantio da soja para fazer com segurança climática a segunda safra de milho.

“Realmente ainda há uma diferença (na soja) que pode impactar o milho segunda safra, mas ainda não está fora da janela para plantar o milho”, disse Gervásio, em referência à região oeste do Estado, que precisa plantar antes para depois fazer a chamada “safrinha” sem maiores riscos de seca ou geadas.

Com relação ao plantio da primeira safra de milho, houve avanço para 88% da área.

QUEDA NO TRIGO

Já a safra de trigo do Paraná deste ano foi estimada em 2,17 milhões de toneladas, queda de 22% ante temporada passada, segundo o Deral, que reduziu a projeção em cerca de 200 mil toneladas na comparação mensal.

A redução ante o mês passado, segundo o especialista do Deral Carlos Hugo Godinho, deveu-se à seca.

Mas a maior parte da quebra de safra, registrada anteriormente, foi consequência de geadas em meses anteriores.

O potencial produtivo de trigo do Paraná, tradicionalmente o maior produtor do Brasil, era de 3,3 milhões de toneladas.

Para Godinho, uma vez que a colheita já avança para 82% da área, a produção deverá fechar o ano no patamar da atual estimativa.

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